Gentílico ensina que quem nasce no município é barra-cordense ou cordino.

A cidade fica às margens de dois lindos rios – Corda e Mearim -, que se encontram no centro da área urbana.

O rio Mearim é navegável.

A avó materna do pôster, dona Tunica, contava estórias agradáveis de sua vida infantil na cidade. Os olhos dela brilhavam quando falava dos rios Corda e Mearim.

Tempos depois, tocando na banda The Brothers, o poster fez um baile na cidade. Chegamos à tarde, tempo suficiente para andar de barco pelos dois rios.

Na madrugada do dia seguinte, nem bem terminamos de tocar no clube chique do lugar, corremos, de novo, para o Corda.

Ali vimos o sol nascer, de bubuia no rio.

Há três anos, rumo à Presidente Dutra, voltamos a visitar Barra do Corda, não tão conservada como nos idos anos 70, mas agradável, como semrpe.

O Corda é essencialmente balneário. Dá o nome à cidade.

Associado ao lazer e esporte pela população, o rio contorna todo centro da cidade em forma de “U”.

Uma bóia, chamada câmara de ar, é objeto de desejo da população.

Aos sábados e domingos, principalmente, toda a extensão da rua de água fica congestionada de banhistas, levados, em cima de bóias, pela correnteza silenciosa até o encontro com o Mearim.

Barra do Corda, formosura pintada pela natureza, de repente, na terra dos Sarney, transforma-se em escândalo nacional.

De novo, a classe política sujando o nome de seus lugares.

Num balanço da chamada “Operação Astiages”, que significa “Saqueador de Cidades”, nove pessoas foram presas envolvidas em um esquema de desvio e lavagem de mais de R$ 50 milhões da Prefeitura de Barra do Corda.

Entre os presos: dois filhos, um genro e uma nora do prefeito Manoel Mariano Souza (PV), o Nenzim, que, junto com a esposa, também é acusado de envolvimento nos desvios e que até o final da tarde de ontem, 3, estava foragido.

Rio Corda, paisagem deslumbrante cortando a cidade de Barra do Corda