Na tarde cinzenta de quinta-feira, 24, o Tocantins afina de tamanho.

Desce, lentamente, água por água, boto por boto, barco por barco.

Na cinzenta tarde de ribanceira, a orla enxerga o rio, que enxerga a cidade morna depois de uma noite de chuva sequencialmente mansa.

Sem novidades além de sua cor opaca, a tarde segue sua caminhada rumo ao anoitecer.

De um banco da cobertura alaranjada, na orla urbanizada, olhos curiosos brilham no visor da digital querendo luz, querendo água, querendo cores mais fortes no além-rio dessa chama humana ávida por ribanceiras.