As técnicas de rapel e escalada, normalmente ligadas aos esportes radicais, são aliadas à preservação e recuperação de florestas e estão na programação do curso que a Embrapa Amazônia Oriental promove de 5 a 8 de agosto, em Marabá.

O II Curso de Coleta de Sementes e Produção de Mudas de Espécies Nativas no estado do Pará e II Feira de Troca de Sementes estão reunindo estudantes, viveiristas, coletores de sementes, produtores rurais, professores e extensionistas em quatro dias de teoria e prática, como mais uma ação dos projetos Mais Sementes, vinculado ao Fundo Amazônia, e Projeto Biomas/CNA.

Os treinamentos foram iniciados nesta segunda-feira, 5, e ocorrem em três locais diferentes. Nos dias 5 e 6, dedicados à parte teórica, no auditório da Universidade Estadual do Pará (Uepa).

Na tarde do dia 6 iniciam as práticas e a formação segue para o viveiro de mudas da Secretaria Municipal de Agricultura (Seagri). Nos dias 7 e 8 o curso muda de local mais uma vez e chega à área de mata na Fundação Zoobotânica de Marabá, para outra rodada de atividades práticas.

Essa diversidade de locais se dá em razão das especificidades de cada módulo do curso, conforme explicou a pesquisadora da Embrapa, a engenheira florestal Noemi Vianna Leão, organizadora do evento.

Ela explicou que os participantes do curso terão quatro dias de imersão em diversas técnicas para coletar e preservar sementes de qualidade, assim como preparar mudas e tratos culturais para o plantio.

Além dos aspectos mais técnicos e também práticos, haverá discussões sobre questões legais da comercialização e produção de sementes e mudas no Pará e ainda o Encontro de Coletores e II Feira de Troca de Sementes de Espécies Florestais Nativas, que ocorre no encerramento das atividades, no dia 8, à tarde, no auditório da Uepa.

“Essas formações pretendem promover, organizar e fortalecer a cadeia produtiva de sementes e mudas, assim como disseminar boas práticas de coleta de material propagativos de qualidade, de espécies de importância econômica e ambiental da flora nativa amazônica, para o reflorestamento e recuperação de áreas desmatadas, sejam elas Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais (RLs)”, enfatizou a pesquisadora.