Numa extensão de 211 milhas náuticas, equivalente a 400 km, duas flotilhas formadas por motonáuticas  fizeram o percurso Belém-Ilha Mexiana, na Ilha do Marajó, na quinta-feira, 3.

Ao total, 19 jets e um jetboat.

O track do rally acima, criado pelo empresário Marcelo Pinho,  mostra o real percurso e suas paradas programadas.

O retorno ocorreu neste sábado, 5, com e chegada dos pilotos por volta de 18 horas.

As flotilhas comandadas pelo empresário Lionel  Pinho e pelo advogado Aloísio Meira deixaram Belém às cinco horas da manhã, fazendo um trajeto que singrou grande parte o rio Arari, no coração do arquipélago do Marajó, além de percorrer a costa do Oceano Atlântico no ponto que liga o continente à Ilha de Mexiana

O empresário Thiago Bogéa, pelo celular, alimentou o blogueiro com imagens e informações detalhadas do Jet Rally, narrando a exuberância da aventura repleta de água doce e salgada – e o verde do Marajó.

Para a superação do trajeto com sucesso, um planejamento minucioso da viagem foi traçado com antecedência.

A estrutura logística para  atender ao abastecimento dos potentes equipamentos contou com o envio antecipado de um barco levando  gasolina suficiente para atender ao consumo dos jets.

A embarcação deixou Belém na madrugada (foto abaixo)  do dia anterior a viagem dos aventureiros, espalhando tambores de gasolina em pontos estrategicamente definidos, que depois foram alcançados pelos pilotos das motos – e abastecidos.

Thiago, em primeiro plano, e colegas de viagem, na primeira parada para abastecimento.

O grupo que deixou o porto de Belém com destino a Mexiana mantém a tradição há décadas de percorrer os rios da Amazônia, vivenciando momentos  maravilhosos   em meio às belezas formadas por águas  de grandes rios, igarapés, lagos e a imensidão do Oceano Atlântico.

Algumas das viagens que marcaram a história das duas flotilhas: Marabá-Belém, pelo rio Tocantins; Belém-Salinas-Belém e o giro por todo o arquipélago do Marajó, certamente a mais longa viagem de Jet já realizada no país, totalizando cinco dias numa extensão de mil quilômetros.

Costa do Atlântico, já para atravessar pra Ilha Mexiana

 

“Repleto de água doce e salgada, o Pará é cenário perfeito para os amantes de jets. Por mais que você percorra rios e igarapés, e isso já se vão mais de dez anos, ainda faltam muitos lugares pra gente conhecer”, conta Thiago.

O empresário conta ainda dos cuidados que cercam as viagens.

“Nós temos o maior planejador de viagens de motonáuticas, que é o doutor Aloísio Meira, experiente navegador e quem nos submete a percursos muito seguros, depois de realizar  pesquisas dos trajetos por ele traçados. Na parte de logística, outra fera, o empresário Lionel Pinho, que  cuida da parte organizacional das viagens, definindo pontos de abastecimento, paradas para lanches e hospedaria. Atualmente, contamos também com o registro de nossas viagens sob a responsabilidade do Marcelo Pinho, que grava vídeos em drone e mantém banco de fotografias” conta.

Durante a viagem de quinta-feira, o percurso teve um ponto difícil de passagem, precisamente no final do Lago Arari,  o canal pra passar nos balseados se fechou (fotos e vídeo abaixo), abrindo muito tempo depois com a subida das águas.

 

 

“A interrupção atrasou nossa viagem em quase uma hora, mas tudo transcorreu com muita tranquilidade, a expedição  viveu momentos de muita emoção, sem nenhum incidente. Nossos pilotos são navegadores experientes que sabem conduzir  com muita tranquilidade as motonáuticas”.

Na Ilha Mexiana, os expedicionários ficaram hospedados no Marajó Park Resort,  hotel fazenda idealizado pelo Grupo Reicon (foto abaixo)

“É um local paradisíaco,   lugar único, onde pudemos conhecer a selva de uma maneira toda especial, em contato direto com lugares raramente tocados pelo homem, e que desenvolve o turismo ecológico e a pesca esportiva”, descreve Thiago.

Na sexta-feira, a expedição conheceu as entranhas do arquipélago percorrendo igarapés numa embarcação oferecida pela direção do Marajó Park Resort (veja vídeo abaixo).