Na coletiva que concedeu na manhã de sexta-feira, 25, o prefeito de Marabá destacou a soma de R$ 650 milhões que tem assegurada, do governo federal e do Município, para obras nas áreas de Urbanização, Saneamento, Saúde e Educação.
Em verdade, R$ 550 milhões do governo federal, e R$ 100 milhões do município, entre recursos próprios e financiamentos.
João Salame iniciou a conversa com a imprensa revelando a inclusão de Marabá na lista dos municípios selecionados para o recebimento do valor de R$ 209.806.000,00, destinados a saneamento e pavimentação, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), que a presidente Dilma Roussef oficializou em solenidade no Palácio do Planalto, e que contou com a presença do próprio prefeito e de sua esposa, Bia Salame.
Do total daquele valor, R$ 191.056.963,91 são recursos não onerosos, ou seja, aqueles que não geram dívida para o município.
“Isso colocou Marabá à frente da capital, que obteve algum recurso, mas, quase todo através de financiamentos”, disse o prefeito.
É verdade.
Enquanto a prefeitura de Marabá não terá nenhum ônus sobre o valor de R$ 191 milhões, dinheiro destinado a saneamento e abastecimento de água – Belém recebeu pouco mais de R$ 17 milhões nas mesmas condições.
As obras de saneamento serão realizadas nos bairros de Morada Nova, São Félix Pioneiro, São Felix 1, São Félix 2 e São Felix 3 – com mais de 50 mil habitantes.
“Os cinco bairros terão 100% de saneamento e água potável. Pela primeira vez, teremos um quantitativo tão extraordinário de pessoas sendo beneficiadas com água e saneamento em toda extensão. Os serviços de água serão de inteira responsabilidade da prefeitura, servindo, inclusive, para que haja um parâmetro entre a qualidade da água que iremos oferecer e o nível de serviço ofertado atualmente pela Cosanpa, do lado de cá do rio Tocantins”, disse Salame.
Os cinco bairros ficam localizados do lado direito do rio Tocantins, atravessando a ponte rodoferroviária.
O projeto de saneamento e água para os cinco bairros foi configurado para o atendimento de 90 mil pessoas.
“Esse universo será atingido somente daqui a dez anos, conforme média de crescimento da população auferida pelo IBGE. Ou seja, nos preocupamos em viabilizar os recursos prevendo o aumento do número de habitantes, não apenas para atender os atuais moradores”, observou Salame.
10 meses de governo: R$ 650 milhões assegurados
O prefeito de Marabá pontuou a relação de obras a serem executadas no município e que já totalizam R$ 650 milhões, garantidos pelo governo federal, em apenas dez meses de trabalho.
“Primeiro, é bom realçar, esse valor de R$ 650 milhões é cerca de 20% maior que todo o orçamento de Marabá para este ano de 2013, estimado em pouco mais de R$ 500 milhões. Nesta conta entram os recursos destinados à construção de escolas, oito núcleos de educação infantil, aquisição de vinte ônibus escolares, macrodrenagem das Grotas do Aeroporto e Criminosa, asfaltamento, uma praça no bairro Alzira Mutran, a retomada das obras da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), reforma de três Unidades Básicas de Saúde para adequá-las aos Programas Saúde da Família e Mais Médicos, continuação das obras do estádio municipal, reforma do Hospital Municipal e compra de equipamentos para o Hospital Materno Infantil”.
Com os recursos garantidos, algumas dessas obras, entre elas a macrodrenagem da Grota do Aeroporto, já estão em plena execução, no valor de R$ 240 milhões – aí incluída a contrapartida da prefeitura.
Outras estão sendo licitadas e algumas aguardam apenas a formalização dos respectivos projetos técnicos para que possam receber a ordem de serviço.
Projetos das Grotas do Aeroporto e Criminosa, preveem, além da pavimentação de vias e recapeamento, a implantação de ciclovias, calçadas, sinalização, acessibilidade, faixas de pedestres – além de casas populares. Também serão aplicados recursos na construção de sistemas de drenagem, redes de abastecimento de água e esgoto sanitário.
Durante a coletiva, João Salame voltou a falar do compromisso com a implantação de 500 quilômetros de asfalto durante seus quatro anos de gestão. O prefeito mostrou números que já garantem a realização de mais da metade da pavimentação prevista, com os recursos até agora captados, que serão liberados este ano e no decorrer de 2014.
Municípios paraenses beneficiados com o PAC 2
Dez municípios paraenses foram beneficiados pelo PAC 2 com recursos para obras de esgoto, pavimentação e água.
A Presidência da República contemplou à Marabá o maior volume.
Observem a lista dos municípios, e valores de cada um:
01 | Marabá | R$ 209.806.000,00 |
02 | Belém | R$ 107.326.000,00 |
03 | Castanhal | R$ 92.823.000,00 |
04 | São Félix do Xingu | R$ 50.603.000,00 |
05 | Parauapebas | R$ 35.050.000,00 |
06 | Oriximiná | R$ 32.653.000,00 |
07 | Paragominas | R$ 30.894.000,00 |
08 | Santarém | R$ 27.837.000,00 |
09 | Itaituba | R$ 25.665.000,00 |
10 | Novo Repartimento | R$ 17.950.000,00 |
Articulação política competente
São raros os municípios, do porte de Marabá, contemplados com tantos recursos, em pouco menos de um ano de governo.
O poster coloca essa questão em discussão pelo fato de que é muito grande a concorrência junto ao governo federal, para garantia de grana.
Todos os dias, em Brasília, políticos disputam, no tapa, a conquista de dinheiro,
São exatamente 5.564 municípios correndo para a aprovação de projetos nos ministérios, a maioria municípios com poder de fogo político incalculável, porque estão localizados em estados onde a representação legislativa tem forte influência nas decisões do Palácio do Planalto.
Num levantamento que o titular deste blog fez nas últimas horas, Marabá ocupa, neste momento, a posição 227, no ranking das cidades contempladas com recursos do governo federal.
Proporcionalmente ao número de habitantes, a posição de Marabá é um feito extraordinário, na disputa que trava com outros 5.563 unidades da Federação.
Por que?
Porque coloca à prova a capacidade de articulação política do prefeito Salame.
Nos últimos meses, ele não tem feito outra coisa que não fosse mobilizar discursos, exposição de motivos, reunir com ministros, e demonstrar as necessidades urgentes de Marabá em todos os segmentos da sociedade.
E todo esse esforço, registremos, preso à uma camisa de força que representa, atualmente, administrar Marabá, uma cidade com a máquina administrativa quebrada.
O prefeito, nessas condições, fazendo aquele famoso movimento consagrado popularmente: “um olho no peixe, e outro no gato”.
Ou seja, apagando incêndios dentro da prefeitura, e, dia seguinte, correndo para aprovar recursos em Brasília.
A mobilização de Salame sensibiliza quem o acompanha de perto, porque ele ratifica, com gestos, ter uma estratégia de comando na cabeça, sabe para onde exatamente está caminhando, embora enfrente, ainda, desconfianças de quem não votou nele e a ansiedade daqueles que foram às ruas defender sua candidatura à prefeitura, querendo ver as obras em execução imediatamente.
E, no meio do angu, o indisfarçável desejo de alguns opositores torcendo para ver a gestão municipal afundando como um “Poseidon”.
Mas isso dificilmente ocorrerá.
Quase impossível.
No frigir dos ovos, hoje, a certeza é de que a gestão João Salame será um sucesso.
Ele consegue, ao final de dez meses, consolidar a espinha dorsal de sua administração, assegurando um volume de recursos que farão Marabá se transformar num canteiro de obras, em todos os seus pontos de habitação.
Daqui pra frente, como o próprio prefeito recomenda aos seus assessores, é ter paciência -, e aguardar a tramitação regular das exigências burocráticas para a assinatura das ordens de serviços de todos os convênios a serem executados.
Para quem teima ainda em tripudiar sobre a proposta de aplicação de 500 quilômetros de asfalto na cidade, é bom repensar.
O município já tem assegurado dinheiro para pavimentar quase 250 quilômetros, num período aí de dois anos.
2014, é outra estrada de lutas.
O novo ano oferecerá mais espaço para o prefeito continuar buscando recursos e possa, na sinceridade do que ele fala, cumprir todos os compromissos de campanha.

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Atualização às 12:13
A secretaria de Obras acaba de informar que os recursos assegurados já permitem a aplicação de 310 Km de asfalto na cidade. Ou seja, algo em torno de 60% km do compromisso de campanha de João Salame.
Cardoso
27 de outubro de 2013 - 11:07espero q sai do papel!!! quero q ele de um exemplo de governo para mostrar para população como um bom administrador deve ser!!! o povo não pode gostar do PT ,mas o PT como vice fez a diferença para vim esse dinheiro todo… muito dinheiro
Thiago
26 de outubro de 2013 - 16:19O que está faltando agora é um projeto de saneamento básico para a Nova Marabá e nao só macrodrenagem, é uma pena a Nova nao ter sido contemplada nesse projeto. Se com a obra de saneamento na Cidade Nova colocava Marabá como a cidade que mais tem saneamento no Pará, agora dez consolida-se na liderança com essas obras de São Félix e Morada Nova.
Paulo Queiroz
26 de outubro de 2013 - 12:37Esse Salame é um perigo. Caladinho ele conseguiu arrumar mais dinheiro pra Marabá do que a nossa capital. Quem não tem paciência com a morosidade da gestão pública pode até pensar que o prefeito tá parado. Mas quem conhece o estilo dele de trabalhar sabe que ele é frio, meticuloso e não mede esforços pra atingir seus objetivos. Quem duvidar dos 500 km de asfalto vai quebrar a cara. Quem duvidar que Salame quer dar vôos mais altos na política do estado também.
Carla
26 de outubro de 2013 - 11:45Devemos torcer pelo sucesso d governo, independente de ter votado ou nao p salame, pois a cidade e nosso patrimônio