Elka Queiroz (PTB) tem fugido da Comissão Especial de Investigação da câmara municipal como o diabo foge da cruz.

Nos últimos dias, a vereadora cheia de broncas se escondeu como pode, tal qual fugitiva da Justiça, para não ser notificada pela CEI da audiência final, marcada para amanhã, na qual  quatro testemunhas serão ouvidas.

A boa nova dessa pouca vergonha da vereadora foi a tentativa de seu advogado pedir que o poster fosse arrolado, como testemunha, na audiência desta semana. Vereadoras Toínha Carvalho (presidente da CEI) e Irismar Sampaio (relatora) reagiram de pronto, entendendo ser desnecessária a presença na oitiva do autor das denúncias, uma vez que ele apenas cumpriu seu papel de denunciar as bandalheiras praticadas pela moçoila iresponsável.

O poster, em verdade, lamenta profundamente a recusa de seu nome no rol de testemunhas.   Mencione-se, por eloquente, a necessidade,  vez por outra, de jornalistas entrarem pesado nessas questões, desmoralizando políticos mal intencionados, com sua simples presença, apresentando documentos comprobatórios de safadezas.

O mesmo advogado, com firme propósito de postergar  o desenlance do episódio, cada dia limpidamente favorável à punição de sua cliente, pediu também a inclusão, na audiência, do deputado Sebastião Miranda (PTB) e do vereador Miguelito Gomes (PP) – propostas também rejeitadas pelas parlamentares.

Nagib Mutran, presidente da Câmara, garantou ao blog que, até o final deste mês, o “caso Elka” será definido em plenário, aguardando apenas o envio do relatório final da comissão.

Toínha, por sua vez, deverá encaminhar o parecer até sexta-feira próxima, à mesa diretora.

Não há mais nenhuma dúvida de que a CEI pedirá punição da vereadora, por devsio de conduta e quebra de decoro.

Se isto ocorrer, pela primeira vez na história do parlamento municipal paraense membro da própria instituição será punida pelos seus pares.

Avanço merecedor de aplausos pelo seu valor ético e moral.