Se antes os donos de usinas de ferro gusa era uma elite mineira, futuramente o setor deverá ser capitaneado por investidores paraenses. O passo inicial, em área estratégica, foi a criação do sindicato das indústrias de gusa do Pará, cuja sede foi montada em Belém, esvaziando as ações da Asica, encravada em Brasília numa suntuosa sede.
Essa decisão foi apressada quando este blogueiro, em sua coluna no DIÁRIO DO PARÁ, denunciou ano passado, a contratação pela Asica de uma agência de publicidade de Brasília, ao valor de R$ 3,5 milhões, para cuidar da conta da entidade. Revoltados, os guseiros marabaenses entenderam ser uma afronta aos interesses do Pará a evasão de um contrato publicitário de larga expressão sem que o menos os profissionais das agências de publicidade do Estado fossem consultados.
Além do fortalecimento do sindicato, em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Marabá, os guseiros paraenses e seus colegas do DI de Marabá, tomaram a frente das negociações com o Ibama buscando acordar a assinatura de um termo de ajustamento de conduta para a área ambiental.
A Asica, por ser o instrumento jurídico legal de negociações externas para a exportação do ferro gusa, em médio prazo, se resumirá apenas a isso. As questões políticas envolvendo os interesses da siderurgia paraense -, essas já são conduzidas pelo sindicato.
O tempo dos picaretas está acabando.