A Eletronorte colhe os frutos do desrespeito às famílias residentes na área alagada pela barragem de Tucuruí. A destruição de máquinas pesadas de empreiteiras que trabalham na construção das duas eclusas é o desfecho de uma crise prolongada estrategicamente sem o cumprimento, por parte da empresa, dos termos de intenções assumidos com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

É condenável, sob toda avaliação, os atos de vandalismo registrados. Só que o flagelo chegou a tal nível que a turma invocada só entende a máxima do “dá ou desce”.

E vão ter que dar por indenização muito mais do que os R$ 15 mil iniciais propostos por família. O MAB não abre mão de R$ 60 mil. E está de bom tamanho, pelo que já sofreram deslocados como povo sem pátria.