Duas notas publicadas no Tutti Qui, de O Liberal, deste domingo:

1- Numa, o tal trade de Belém diz-se frustrado com a demora à criação da secretaria municipal de Turismo, cujo titular da entidade teria sido prometido à pessoa de confiança dos empreendedores de turismo.

Ora, ora, esse tal trade, sinceramente, bom mesmo é de discurso.

Quando é para meter a mão no bolso diante de demandas de interesse da própria classe, o Estado e o Município é quem tem a obrigação de fazê-los. Se fossem mesmo audaciosos a ponto de visarem menos lucro em determinadas situações, a questão do transporte fluvial para o Marajó já teria sido resolvida, como fazem muitos trades de outros estados brasileiros, parceiros do poder público não apenas dando palpite.

O daqui, quem conhece sabe, em muitos casos, até para publicar folder clamando turismo, as secretaria de Comunicação dos dois poderes é quem tem de arcar com o ônus.

Outro lance: esse interesse apaixonado pela indicação do secretário de Turismo.

Cacete, presumivelmente, quem se propõe a largar sua empresa para ocupar uma secretaria municipal, das duas uma: a empresa vai mal das pernas ou o cara é mal intencionado. Está de olho mesmo nas vantagens nem sempre republicanas que o cargo oferece.

E mal das próprias pernas, também será um péssimo secretário.

Se o trade de Belém tivesse preocupação sincera de obter avanços na área, beneficiando o desenvolvimento pleno do setor, correto seria pedir ao prefeito a nomeação de pessoa de sua extrema confiança. Alguém que possa chegar e pedir isso e aquilo para o turismo em pasta cuja margem de manobra orçamentária não é das mais promissoras. É mais fácil conseguir aberturas em investimentos alguém que possa chegar ao pé do ouvido, do que outro mero estranho ao círculo do poder.

Funciona assim em todo lugar, e esse processo continuará desse jeito mesmo por muitos anos.

A propósito, quinze dias atrás, em Belém, o poster ouviu de ex-dirigente da Funtelpa, durante um dos governos Jader Barbalho, a forma como conseguia arrancar recursos do governador, para equipar a emissora. Tido como gente da sala íntima de Jader, ele usava o expediente da conversa amena de final de semana, para mostrar a necessidade de comprar, esse ou aquele equipamento.

Na manha, comendo pelas beiradas, o hoje comunicador, e professor universitário, obteve avanços consideráveis num dos melhores momentos da emissora estatal.

2- Noutra, a coluna registra levantamento de polícia dando conta de que a maioria dos assaltos a bancos é comandada por quadrilhas do estado do Tocantins.

Pois bem, se a secretaria de Segurança do Pará passou a saber disso somente agora, é preocupante. Muito preocupante.

Sem nenhuma estrutura de Inteligência, o poster, aqui no blog e na coluna do Diário do Pará, vem mostrando esse mapa geográfico do crime há mais de dois anos. Inclusive, através de post construído a partir de informação de colaborador residente em São Geraldo do Araguaia, levou a policia a localizar integrantes de uma organização que circulava numa camionete, do lado paraense. ‘

Uma semana depois, provavelmente membros da mesma quadrilha assaltou de forma violenta a agencia do Banco do Brasil de São Domingos.