Da blogueira Bia, comentário ao post A que tinha tudo na vida:
O apelo da menina é o mais tocante de toda a crônica.
O usuário de droga é doente.E o que turva essa compreensão pela família ou amigos, são as águas do preconceito e da ignorância.
Fácil perceber isso: quando nossos filhos são pequenos, ou mesmo adultos, reconhecemos e cuidamos com desvelo e urgência dos sintomas de gripe, da pneumonia, das doenças, enfim.
Mas, se o sintoma é o uso de drogas, tendemos a ignorar os sintomas. Se não conseguimos ignorá-lo, duvidamos que seja doença. E, se acreditamos que o seja, ou nos envergonhamos da doença ou nos sentimos culpados por ela. E é aí que tudo dá errado.
Aprendi todos os passos que descrevo acima e passei para o único que leva a resultados: é uma doença e não há culpas, de nenhum dos lados. O que há é tratamento e conduta. Para toda a vida.
A medida dessa compreensão é o amor. Não aquele incondicional ou que não tem ou impõe limites. Isso não é amor, é rendição. E nada de bom vem da rendição de um e derrota do outro.
Bela cronica, Hiroshi. Que seja boa também para todos os que dela precisam.