Blog entrevistou Adão Proença, Diretor de Infraestrutura Aquaviária, durante realização do 22º Encontro sobre o Corredor Centro Norte, em Marabá. Executivo tangenciou quando foi questionado sobre a retomada do processo licitatório e o futuro da hidrovia do Tocantins, no trecho Marabá-Barcarena.

Escorando-se em suposições, Adão Proença nada acrescentou.

 

Leiam a entrevista e tirem suas conclusões.

 

Por que o governo redirecionou os recursos da hidrovia do Tocantins para a hidrovia Tietê-Paraná, retirando a obra paraense do PAC?

O recurso não foi desviado para a hidrovia Tietê-Paraná. A presidente pediu que se parasse o processo licitatório para que o projeto seja reavaliado. E é o que está sendo feito. A licitação foi suspensa, foi cancelada, mas foi aberta. Tem envelope aberto, vencedor, tudo.

 

E essa reavaliação, consiste em que? Haverá nova licitação?
Não necessariamente haverá nova licitação. Essa reavaliação passa por diversos fatores: fatores técnicos, jurídicos, uma série de coisas, porque houve uma oscilação muito grande dos orçamentos e dos preços. Isso fez com que houvesse essa interrupção temporária.

 

Essa oscilação de preços, qual a variação entre o mínimo e o máximo?
Nas propostas que nós recebemos, o mínimo foi R$ 330 milhões e o máximo, R$ 540 milhões.

A empresa que ganhou foi a que apresentou menor ou maior preço?

Nesse caso, prevalece na concorrência a que apresentasse o menor preço, e foi a que ganhou.

Qual sua expectativa sobre o futuro dessa hidrovia? O projeto retornará ao PAC?
Na minha avaliação, como diretor executivo do Dnit, ela deve voltar ao PAC, dada a importância que ela tem para a região e dentro, também, do Plano de Reabilitação Hidroviário do país.

Nesse Plano de Reabilitação, qual a previsão de tempo para se atingir um quadro comparativo Ferrovia-Hidrovia?

Quadro comparativo Ferrovia-Hidrovia, é difícil de prever, porque é um inesvtimento muito grande que tem que ser feito ainda. Agora, o Plano Nacional de Manutenção Hidroviário, é para dentro de cinco anos estar plenamente efetivado.

 

A projeção dessa hidrovia, na atual visão dos dirigentes do Dnit, abrange apenas o trecho Marabá-Barcarena ou há vontade política do governo de estendê-la até o Centro Oeste, cruzando também o rio Araguaia?

Inicialmente, o estudo vai ser feito para a hidrovia no trecho navegável, e no trecho que, dragando, fica navegável. Então, ele não deve abranger a hidrovia como um todo.

O senhor acha possível,  a partir do ano 2012, serem iniciadas  as obras de derrocagem e dragagem do Tocantins até Barcarena?

Muito difícil fazer essa previsão, muito difícil fazer essa previsão, agora. Tem que aguardar esses estudos pra ver quando é que reinicia.

Dependendo dos estudos, pode até ser que a hidrovia do Tocantins seja suspensa definitivamente, certo?

Acredito que não, acredito que não. Pela intenção de intensificar o transporte hidroviário do Brasil, acredito que ela volte em seguida.