Nos trilhos da Estrada de Ferro Carajás, riquezas do solo paraense exportadas no trem da Vale.

Paralela às locomotivas, indiferente ao barulho do apito e  do ruído ensudercedor dos vagões deslizando,  a pobreza  faz pegadas no chão duro rumo às suas casas.

A fila de mutilados sociais não pára de crescer. 

Homens, mulheres e crianças com o mesmo pensamento: imaginar um dia, dentro do trem, buscando lugar melhor para viver.

Dois Brasis totalmente desiguais.