A Divisão Especializada em Meio-Ambiente (DEMA) investiga a morte de, pelo menos, 12 cães domésticos por consumo de ração contaminada vendida em estabelecimentos comerciais de Belém.

Ao todo, quatro situações distintas com mortes de animais domésticos após o consumo da alimentação foram registradas na DEMA somente nos últimos dias.

Segundo as investigações, as rações foram compradas em dois estabelecimentos no bairro da Pedreira.

O alimento era vendido a granel, em sacos abertos, com produtos de marcas diferentes.

De acordo com o delegado Claudio Gomes, da DEMA, os responsáveis pelos estabelecimentos comerciais, onde os produtos foram comprados já foram ouvidos e se disponibilizaram a ajudar nas investigações.

Além dos cães, dois gatos também teriam passando mal após consumir a ração, mas sobreviveram.

“Estamos esperando os laudos das amostras das rações chegarem, que estão sendo feitos pelo CPC Renato Chaves. Apenas um cão teve o corpo periciado, na Ufra, já que os outros foram enterrados pelos donos, que também não guardaram as rações. É cedo para culpar os estabelecimentos que venderam a ração, e por isso os laudos são necessários”, disse o delegado. Conforme os resultados das perícias, a DEMA poderá tomar outras providências cabíveis a respeito desse fato.

Contudo, as ocorrências em espaço de tempo curto e em áreas similares levam a crer que a causa da morte dos animais realmente seja a ração, comprada nesses dois estabelecimentos. As marcas de ração não foram reveladas, e nem os nomes dos lugares que venderam o produto.

A Dema orienta que, qualquer dono de animal de estimação que passar por uma situação semelhante, separe uma amostra da ração, a nota fiscal da compra e, no caso de morte do animal, não enterre o corpo do cão. A orientação é que a Dema seja acionada para ajudar na remoção do cadáver e solicitar a necropsia, que determinará a causa da morte.