De Canaã dos Carajás, o blog recebe  texto, com pedido de publicação, assinado por Maria Oliveira:

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Falta de informação e traquejo social

 

– Maria Oliveira

Na quarta-feira, 9, eu e uma das minhas filhas  fomos prestigiar os edis com a nossa ilustre presença  na sessão da Câmara, aqui em Canaã dos Carajás, cidade a qual residimos atualmente. Fato corriqueiro.

Apesar de patético cenário, eu gosto de iràssessões legislativa de nosso município para me inteirar do que andam fazendo as autoridades eleitas por esta comunidade. Funciona assim: É como se eu fiscalizasse o trabalho de quem deveria propor mudanças e fiscalizar quem executa.

Pois bem, durante as falações e considerações finais no uso da tribuna,fui surpreendida mais uma vez pela falta de traquejo social e político de um vereador,pela suas garras afiadas e linguagem chula.

O então referido vereador teceu comentários maldosos a algumas pessoas ligadas ao governo e que estavam na organização do evento de “Aniversário 19 anos de Canaã dos Carajás”.  O vereador disse que foi maltratado pelas pessoas que estavam trabalhando na organização do Camarim dos artistas. Ora, eu não fiquei ofendida, mais também não posso deixar de fazer uma crítica ao ocorrido. Eu era uma das pessoas que estava trabalhando nesse setor, do camarim dos artistas, estava no momento prestando serviços pela pessoa que foi contratada para executar essa tarefa. Afinal meu nome é trabalho e sobrenome hora extra.
 

Apesar do vereador não ter citado meu nome, fiquei indignada com o abuso de autoridade que o mesmo manifestou. Ele acusou as pessoas que estavam trabalhando do camarim, (por isso me incluir nelas),de massacrar a imprensa, devido um dos seus eleitores que é FOTOGRAFO ter reclamado isso a ele.  O então vereador não sabe que fotógrafo não é imprensa. Fotógrafo é fotógrafo, a classe da imprensa tem outra finalidade e função.  Quero que o edil que fez essa grave acusação me mostre algum artigo, reportagem, matéria do tal FOTÓGRAFO, já publicados ou veiculados em algum jornal impresso ou revista.  Claro que eu tenho consciência que o fotógrafo queria apenas também fazer um trabalho, afinal ele vive disso fazer fotos. Mais o mesmo não foi contratado por ninguém, nem pela prefeitura que era a proponente do evento e muito menos pelos artistas. Acredito que em tudo deve existir ordem, ordem esta que na maioria das vezes quando é executada tem alguém que vem e quer desordenar.

O vereador não satisfeito continuou suas acusações dizendo que havia três camarins e que apenas um estava sendo utilizado para atender os artistas. Outra mentira. Eram sim três camarins, um estava sendo usado como apoio para a equipe de trabalho e os demais estavam sendo disponibilizados e foram usados pelos artistas. Um era para o artista principal e o outro para convidados, ou pessoas da banda.

Vou explicar um pouco como funciona o meio artístico, pois disso posso falar com propriedade devido já ter trabalhado como produtora cultural de alguns projetos, inclusive do Ministério da Cultura. Artista, é artista. Algumas autoridades municipais precisam entender que não é por que elas tem um mandato de vereador elas podem ter tudo que querem e que as coisas devem funcionar num mundinho fechado como elas imaginam. Se o artista é contratado e ele tem suas exigências o dever da empresa contratante é executar o que está em contrato. Ele não quer saber se tem prefeito ou vereador querendo aparecer, pois ali para ele, artista, quem tem que aparecer é ele. O artista não quer saber se foi prefeitura se foi câmara que pagou o evento não, ele só tem que cumprir o que manda no contrato.  E no contrato tem as exigências. Camarim, quero isso, isso e isso. É o artista quem decide quem ele vai receber em eu camarim. Ali é o espaço dele. Se ele vai atender fãs, fotógrafo e imprensa é ele quem decide e a hora que vai fazer.

Agora vir falar mal, levantar acusações do trabalho alheio em minha opinião além de inconveniente e antiético é imoral. No primeiro dia de show do Pe. Fábio, a imprensa não compareceu. O artista atendeu alguns fãs. Já no segundo dia  da gravação do DVD, a imprensa compareceu em peso. De todas as partes, cidades vizinhas até de São Paulo, o que me deixou bastante feliz. Como eram muitos convidados que tiveram participação especial na gravação do DVD, foi providenciado um camarim para os mesmos. Porém na hora fomos surpreendidos com um grande número de profissionais da imprensa. A equipe do camarim disponibilizou então um camarim para aquelas pessoas, deixando-as confortáveis para executarem seus trabalhos. Toda a imprensa tanto de TV e jornais fizeram suas tomadas e gravações. E os convidados da dupla sertaneja que na ocasião gravaram o DVD, ficaram no camarim da dupla principal. Na verdade aquela noite foi bem movimentada, pelo simples fato de terem abrido as portas do inferno para tudo que é de secretário de governo e seus agregados e assessores subirem ao palco, até, de alguns vereadores como é o caso do dito falador. Tendo essas pessoas acesso a parte externa do camarim, queria as mesmas ser servidas como os próprios artistas, não tendo o mínimo eu diria, EDUCAÇÃO, pois não vejo outro termo a usar senão esse falta de educação, ficou atrapalhando o nosso trabalho e também o da produção dos artistas.

Eu penso que algumas autoridades em nossa cidade precisam estudar mais, se aculturar mais, saber mais como é a cultura das classes e também do mundo artístico. Precisa saber também que num show existem apenas duas acamadas. Plateia e artista, que não existe vereador com regalias. Ele precisa saber que as cadeiras que estavam no camarim eram pros músicos das bandas que se apresentaram e não para ele se sentar. O vereador precisa saber que camarim é algo pessoal, íntimo é nele que os artistas trocam de roupa, bebem seu uísque, se alimentam e até mesmo fazem suas orações íntimas com Deus como foi o caso do cantor gospel Davi Sacer, antes de subir ao palco ele solicitou 5 minutos sem ninguém adentrar no camarim, nem mesmo seu produtor. Ou seja, era o momento dele fazer sua oração antes de subir ao palco e brilhar, fazer um show pra uma multidão. Agora a pessoa achar que por que é vereador é o dono da cocada, por favor, vamos ter mais feeling, mais educação e respeito pelo próximo.

Quero revelar também que todos os artistas, sem exceção elogiaram nosso trabalho, pois segundo alguns deles nem em cidades como Marabá e Parauapebas tiveram suas exigências atendidas como aqui em Canaã. Eu, particularmente, vi algumas vezes produtores e artistas elogiando o trabalho da equipe do camarim. Isso foi gratificante para mim, pois dá o sentimento de dever cumprido. Daí ouvir o que eu ouvi na sessão, é um tanto intrigante, pois pessoas de fora, artistas, gente que nem conhece nossa realidade tem a humildade de reconhecer nosso trabalho de toda uma equipe e uma autoridade constituída municipalmente não tem a hombridade de reconhecer também.

Agora me diz vereador, não foi o senhor que eu vi com sua caixinha de isopor na a área externa do camarim pedindo o gelo dos camarins dos artistas.

Agora me pairou uma dívida, estarei eu míope, pois não era o sr.  que estava lá todas as noites bebendo águinha, e outras cositas mais?

O assessor desse vereador precisa orientá-lo no sentido de comportamento, pois ele precisa saber que o lugar dele é no meio do povo, da multidão, de seus eleitores, numa ocasião dessas politicamente falando, o mesmo deve ficar com seus eleitorado, fazendo a política do tapinha nas costas e aperto de mão. Por que ficar nos camarins da vida se escondendo do povo não garante voto para próximo pleito não.

Agora eu sugiro ao prefeito que na próxima ocasião de uma programação como esta faça um camarote exclusivo para o dito vereador, pois ele é muito estrela, ou pelo menos pensa que é.