Quem informa é o repórter Dilson Pimentel:

 

Desde julho do ano passado o Ministério da Saúde não repassa ao Pará a vacina Tetraviral, responsável pela proteção contra sarampo, catapora, caxumba e rubéola. A falta do imunizante deixa as crianças expostas às doenças. No caso do sarampo, por exemplo, a ausência de proteção pode gerar graves complicações, como pneumonias e encefalite.

Por causa da falta do repasse, as secretarias de saúde do Estado (Sespa) e do Município (Sesma) adotaram outra estratégia para não deixar as crianças sem a imunização. No entanto, ainda há muita desinformação sobre a falta da vacina. Um exemplo é que ocorreu com a dona de casa Thilza Sena Gonçalves. Desde dezembro, ela está tentando vacinar seu bebê, de 1 ano e três meses, em Belém. E, somente na terça-feira (23) recebeu a informação correta sobre como será a vacinação de seu filho.

Thilza contou que esteve na Unidade Municipal de Saúde da Cremaçãoe nos nos postos do Jurunas e Guamá, sem conseguir a vacina. Ela informou que, em mais uma tentativa, apenas na terça-feira (23), no Centro Saúde Escola da Universidade do Estado do Pará (Uepa), no Marco, recebeu a informação de que a vacina não é mais fabricada. “Só que está marcado no cartão de vacinação do meu filho e ninguém me avisou. E eu estou andando, andando…”, afirmou. “Me explicaram que, agora, dão a vacina tríplice com mais uma outra. Pois é, porque estou andando desde dezembro e ninguém me fala. Só fala que não tem. Falta de informação mesmo”, lamentou.

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou que, desde julho do ano passado, o Pará não está recebendo do Ministério da Saúde a vacina Tetraviral.

“Por isso, o Estado passou a adotar, como estratégia para garantir a proteção vacinal das crianças contra tais doenças, que, no mesmo momento da aplicação da Triviral, aconteça a aplicação da vacina Varicela, que imuniza contra a catapora. A Sespa declara, por fim, que as vacinas citadas não estão em falta nas unidades estaduais de saúde.”

A Sespa também informou que o Estado é responsável pela orientação sobre a vacina às regionais e que cabe às secretarias municipais de saúde orientar as unidades básicas de saúde sobre a aplicação da vacina. “Declaramos, ainda, que a falta da vacina Tetraviral deixa as crianças expostas ao sarampo, caxumba, rubéola e varicela o que aumenta o risco de contrair as doenças. No caso do sarampo, por exemplo, a ausência de proteção pode gerar graves complicações como pneumonias e encefalite”, acrescentou.