Texto assinado pelo deputado federal Cláudio Puty (PT) ganhou enorme repercussão nas redes sociais.
Publicado em seu site e compartilhado no Twitter e Face, artigo faz comparação com investimentos dos governos Ana Júlia (PT) e Simão Jatene (PSDB).
O post do parlamentar virou o assunto mais comentado no twitter, em determinado momento da manhã deste domingo, 17, merecendo, por isso, réplica do secretário estadual Ney Messias, da Secom:
– “Pior é ver governo que pelo histórico e resultados, não entendia nem de receita e nem de investimento, falando de ambos. Mas é domingo…”
Como o artigo provoca debates de interesse público, o blog o reproduz em sua íntegra:
—————–
A paralisia do atual governo do Pará
Cláudio Puty*
O Governador Simão Jatene já cumpriu mais da metade de seu governo e o saldo é, no mínimo, preocupante: a se deduzir da pífia capacidade de investir, o Pará está quase parado, com um presente que sacrifica o cidadão em áreas essenciais.
Dados oficiais do Portal da Transparência, do próprio Governo do Estado, ilustram a pouca capacidade de gestão do atual governo. Para maior clareza, comparem-se os investimentos do atual governador com os de sua antecessora, Ana Júlia Carepa.
Em quatro anos de governo, Ana Júlia investiu um total de R$ 3,6 bilhões, média anual de R$ 892,7 milhões. Jatene, no biênio 2011/2012 (números considerados até outubro de 2012) teve média anual de investimento de R$ 512 milhões – apenas 57,4% da média do governo anterior.
O pico dos investimentos do governo Ana Júlia aconteceu justamente no último de governo, 2010: R$ 1,3 bilhão. Ou seja: 71,5% mais do que a média anual do governo Jatene, isso sem considerar qualquer correção monetária.
Uma análise mais profunda dos números indica que a paralisia de investimentos não se deve à escassez de recursos, e sim à falta de competência na gestão.
A receita efetiva média, nos quatro anos do governo Ana Júlia, foi de R$ 10,1 bilhões anuais. Dessa receita, se conseguiu investir por ano a média de R$ 892,7 milhões. Já o governo Simão Jatene, em 2011, dispondo de uma receita muito maior (R$ 13 bilhões), investiu apenas R$ 552,4 milhões. Para igualar o desempenho anual de Ana Júlia, ele deveria ter investido R$ 1,1 bilhão – quase o dobro do que investiu.
Comparemos agora o segundo ano de cada governante.
A receita efetiva do Pará em 2008 foi de R$ 9,7 bilhões. Desta receita, o goveno Ana Júlia investiu R$ 919,1 milhões. Em 2012, segundo ano do governo Jatene, a receita até outubro já é R$ 12,6 bilhões. O investimento, no entanto, despencou ainda mais: apenas R$ 472,6 milhões. Para se ter uma idéia do desastre, o governo Jatene deveria ter investido, para igualar a performance do governo Ana Júlia, R$ 1,2 bilhão: 2,5 vezes mais do que conseguiu investir.
A redução nos investimentos significa, primeiro, que o governo do Estado não deu continuidade a projetos de médio e longo prazo e também que não consegue implantar projetos novos de expressão.
A pífia relação entre receita e investimento (a menor da história do Pará desde a ditadura militar) significa, de forma direta, que a infraestrutura do Estado piora, se deteriora: as escolas, o sistema de saúde, as estradas, a habitação. Além de sucatear o que já existe, o não-investimento significa que não se realizam obras estruturantes, justamente aquelas que garantiriam um novo patamar no futuro: estrutura para atrair indústrias e gerar empregos, aumento na área de qualificação e profissionalização, com reflexos na geração de emprego e aumento de renda, entre muitas outras.
Outros números oficiais do Portal da Transparência escancaram o quadro assustador do atual governo.
As operações de crédito são uma forma de os governos aumentarem os recursos com o fim específico de investir. Em quatro anos, o governo Ana Júlia mobilizou em operações de crédito R$ 1,59 bilhão. Desse total, executou 23,7%. Significa que elaborou projetos de médio prazo, e executou 23,7% do total afiançado, daí o número expressivo de recursos investidos e garantidos para investimentos.
Já o governo Jatene executou, em 2011, apenas 2,3% dos recursos mobilizados. Significa que a máquina do governo está parada, emperrada. Vejam-se outros dois números: em 2007, primeiro ano do governo Ana Júlia, se mobilizou R$ 108,4 milhões em operações de crédito. Em 2011, primeiro ano do governo Jatene, esse valor despencou para R$ 42,4 milhões. Ou seja – não houve novos projetos capazes de assegurar o incremento de recursos. A comparação do segundo ano dos dois governos é ainda mais díspare. Em 2007, o governo do PT mobilizou R$ 133,3 milhões e executou 8,1%; o atual governo do PSDB, até outubro, conseguiu apenas R$ 23,1% e executou só 0,8% – isso mesmo, 0,8%!
Um escândalo que se deve a dois fatores preponderantes: uma flagrante incompetência para governar; e o fato de que o atual governo está em desencontro com os principais projetos do governo federal, penalizando ainda mais o nosso estado.
*Deputado Federal (PT/PA)
João dos Prazeres, por favor, enxuga teu comentário ou divide ele em partes. É um exagero tamanho de texto enviado.
Luis Sergio Anders Cavalcante
19 de fevereiro de 2013 - 20:02Ô Renato Abreu às 19:56 hs. 18/02, o espaço é democrático, porém temos que saber usa-lo. Se prestares mais atenção, verás que no primeiro tópico do meu comentario, critiquei sim, o governo de AJ ( PT) pela sua não reeleição. Logo, como equivocadamente supões, não sou Assessor do Dep. Puty.. “Ô texto complicado. E enormeeeee. Pra dizer sabe o quê ?Nada de nadinha.” Pra sua informação, antes de digitar o texto, realizei demorada e complexa pesquisa por quase 4 horas. Foi um trabalho árduo. Portanto, devagar com o andor, não se deve criticar o trabalho de outrem, sem conhecimento de causa. Além do quê, o texto é simples e de fácil entendimento. Se não entendestes, talvez o QI ainda não tenha atingido a maturidade suficiente para tal. Passar bem. Em 19.02.13, Marabá-PA.
Elizeu Souza
19 de fevereiro de 2013 - 18:51Coitado desse Deputado….!!! Será que ele quer ressuscitar aquele governo que foi defenestrado pela população do Pará???? Aquele governo que deixou o estado falido???? Aquele governo em que só se davam bem os “cumpanheros”. Aliás, onde estão os irmãos monteiro???? Deputado, o senhor deveria agradecer a Deus o Governador Jatene ter voltado, pois assim o senhor tem do que falar, pois do anterior nada se falava, pois não fez nada, absolutamente nada. A propósito, será que o nobre deputado sabe aonde foram aplicados aqueles 360 milhões do empréstimo aprovado a toque de caixa pela ALEPA, às vesperas das eleições de 2010????? Por gentileza, senhor Deputado, a população do Pará precisa saber.
Paulo Cunha
19 de fevereiro de 2013 - 11:47Quando ela perdeu a Sede da copa do mundo(ao qual nenhum politico do Pará interviu pra ajuda-la)ela perdeu sua reeleição.
Memoria politica,tem uns que não tem não.
Paulo Cunha
19 de fevereiro de 2013 - 11:45eu até gostaria que o governo reagisse e questionasse o Puty que fossem as vias de fato, mas que por favor reagisse mostrasse ou distinto publico ou respeitavel publico que tem um planejamento estratégico para a melhoria de todos os indices do Estado. Não dá mas para admitir tanta esbornia, tanto descaso! o Pará realmente parou e os numeros mesmo truncados do Puty mostram isto de fato…. Veja cidades da Amazonia legal como Porto Velho, Cuiaba, Manaus estão muito melhores que Belém e em termos de desenvolvimento, inclusive o interior do Estado Rondonia esta muito melhor que o Pará…. Aqui a questão não é recurso a questã0 lamentavelmente é falta de proposta de um projeto de desenvolvimento priorizando açãos estratégicas e principalmente investindo em infra estrutura, saude e educação. Educação como prioridade pois em cidades de Estados vizinhos aqui não é necessario colocar filhos em escolas particulares pois a escola publica atende so alunos com excelente qualidade e atende muito bem. Tinhamos condição com todas nossas riquezas de ser o Estado com melhor qualidade de vida do Brasil pois riqueza, recursos naturais e cultura temos suficiente, mas estamos entre um dos piores perdendo talvez apenas para o Piaui, pois até o Maranhao apesar dos coroneis presente la ainda esta melhor do que aqui, devido a lerdeza, corrupção, omissão de quem foi eleito para defender nossos diretos como cidadões e do judiciario em punir esta corrupção desenfreada que se tornou a administração publica. Uma vergonha e haja propaganda.
Renato Abreu
18 de fevereiro de 2013 - 19:56Suspeito que o deputado Puty contratou esse Luiz Sérgio Anders para assessorá-lo. Égua, meu: ô texto complicado. E enormeeeeee. Pra dizer sabe o quê? Nada de nadinha.
O Puty tem que explciar é por quê com toda essa competência e com resultados tão extraordinários a ex governadora Ana Júlia perdeu – e feio – a reeleição.
Anonimo
18 de fevereiro de 2013 - 19:29O Marcos de Souza falou na farinha e eu aproveito para perguntar se alguem sabe explicar para que serve a EMATER.
Acredito que a mesma so serve para gastar gasolina, energia e erario publico sem nada produzir.
Luis Sergio Anders Cavalcante
18 de fevereiro de 2013 - 14:55Acima do Paralelo 16(Barra do Garça-MT, chamado Portal da Amazônia) todo o caminho dos grãos deveria seguir para o denominado Arco Norte, mas não há capacidade portuaria instalada, para uma demanda de 50 milhões de toneladas. Sòmente 10% da produção do Centro-Oeste segue pelos caminhos nortistas(Santarem-PA e Itacoatiara-AM), mas por um caminho tortuoso e longo que inclui rodovias até Porto Velho-RO, seguindo pelo Rio Madeira até os citados municípios. E mesmo a BR-163 não teria condições de dar vazão à demanda reprimida, ainda que se invista em capacidade portuaria em Santarem. Por isso, já surgem alternativas como o Porto de Santana-AP, via balsas saindo de Miritituba-PA. Os Projetos do TEGRAN(Terminal Graneleiro) de São Luís-MA(15 mil ton.) e TERGRAN, no Outeiro(18 mil ton.), poderiam gerar alternativas, e, neste ponto, a integração da Ferrovia Norte-Sul com Marabá e o uso do Rio Tocantins, seria mais interessante para o escoamento dos grãos da região do MAPITO(Maranhão/Piauí/Tocantins). Toda a discussão relacionada ao Pedral do Lourenção(derrocagem) e a liberação da Hidrovia até Marabá, a meu modesto ver, está por demais focada nas “commodities minerais e sua verticalização”, deixando de lado o principal, que seria a enorme “teia” de serviços e comercio que surgiriam na região, decorrentes da posição geográfica privilegiada da área de Belém/Barcarena e outras regiões do estado, inclusive Espadarte(porto), este num sistema agua-agua, desde que feitos os investimentos, provocando uma verdadeira “virada de eixo” nessa “contra-mão”. As variantes do assunto são enormes e complexas, principalmente na cabeça de quem o poder decisorio, que mudariam ou iniciariam o processo de mudança da atual sistemática. Espero ter contribuido para o debate do tema. E parabens ao nobre Dep. Fed. Puty por abordar um assunto que está em plena ebulição, principalmente em nossa região. Agradeço ao Hiro pela compreensão. Em 18.02.13, Marabá-PA.
Luis Sergio Anders Cavalcante
18 de fevereiro de 2013 - 14:25que reduzem o custo do transporte, sem comparação com as rodovias(sempre esburacadas/mal sinalizadas/não recuperadas), e mesmo com as ferrovias, permitirá ao país aumentar substancialmente, seu poder de competitividade no mercado externo, principalmente na área de alimentos. Quanto ao principal concorrente(EUA), eles não tem mais o que “enxugar” no custo da logística, pois usam há 200 anos as mesmas ferrovias integradas com as hidrovias dos Rios Mississipi/Missouri. E no campo(Agricultura) nosso país detem 11% a mais de produtividade por hectare, sendo que no caminho até o porto jogamos fora/perdemos quase 10%, causadas pela ineficiencia do transporte e acrescemos 40% no custo, pela perversa logística dos caminhões. Continua…Em 18.02.13, Marabá-PA.
Luis Sergio Anders Cavalcante
18 de fevereiro de 2013 - 14:15ALPA/HIDROVIA TOCANTINS-ARAGUAIA : Muitos dos que, na década de 60, falavam das enormes possibilidades do aproveitamento aqua-viário como meio de transporte tambem comercial(Araguaia/Tocantins), já não estão entre nós. Eles falavam e insistiam muito aos “empolgados” da época, pelo transporte rodoviario. Lembro dos “slogans” tipo “Amazônia, integrar para não entregar”, “Brasil, ame-o ou deixe-o” etc.. Criou-se/fez-se a Belém/Brasília e mais tarde a Transamazônica(até hoje inacabada). O caminho(meio de transporte) certo – e quão certo estavam – foi indicado, porém, não encontrou eco. O tempo passou e a realidade está apresentando e cobrando a sua conta, caríssima. Não há mais saida para este país que não seja a de reconhecer e reencontrar suas potencialidades usando nossos múltiplos rios. Ou se resolve de uma vez por todas, os enormes gargalos logísticos e de integração, ou iremos, inexoravelmente, para o “abraço do urso” e, neste específico ponto, “governar não é apenas ficar torcendo para que os asiáticos(China e outros), não arrefeçam seu crescimento”. Ainda há espaço e tempo hábil para tomadas de decisões e o aproveitamento das hidrovias,…Continua…Em 18.02.13, Marabá-PA.
Luis Sergio Anders Cavalcante
18 de fevereiro de 2013 - 13:59OK Hiro. Aí vai em partes. ” PUTY CLASSIFICA GOVERNO JATENE DE PARALISANTE : É de domínio público que na grande maioria dos pleitos eleitorais para o governo estadual, aquí em Marabá, o PT tem conseguido manter vantagem sobre os tucanos(PSDB). Os números e cifras apresentados pelo Dep. Fed. Puty sobre os governos AJ(PT) e Jatene(PSDB) são interessantes/informativos. Porém, salutar seria, para o PT, descer do salto, ter humildade e reconhecer, que AJ não foi bem como quer dar a entender o deputado. Tanto que ao final da campanha para sua reeleição não conseguida, viu-se, em desespero de causa, obrigada a fazer alianças com inimigos históricos, figadais e nada recomendaveis como Almir, Sefer etc… Resultado ? O morto, enterrado e esquecido Jatene, ressuscitou. Em 18.02.13, Marabá-PA.
adelson...
18 de fevereiro de 2013 - 12:22esse puty nao ta com nada,trabalhou no governo da ana julia e nao fez nada.foi o pior govenro q tivemos no para.a ana julia nunk mas….
Luis Sergio Anders Cavalcante, você quem tem de enxugar esse texto. Não posso, aqui, fazer alteraç~ees em textos de comentaristas. E pelo tamanho do que foi enviado, terá que dividi-lo no minimo em cinco partes.
Adir Castro
18 de fevereiro de 2013 - 11:26Queria saber na verdade o que aconteceu no governo de Ana Júlia que ela, a partir do começo de seu governo, não tocou a Alpa, que vem de promessa desde 2008 e que dias atrás a mesma cobrou explicações sobre o projeto. Se o PSDB e Jatene voltou, o mérito é do PT, Ana Julia, Puty e Cia. Nem tem como levar a sério qualquer reclame ou sugestão desse pessoal.
Paulo da graça
18 de fevereiro de 2013 - 08:36Puty, não se compara o Governo Ana Júlia com nada desse mundo. O povo mesmo já fez a comparação e deu um chega pra lá na ex governadora. Se o governo do jatene precisa melhorar, tudo bem; mas, por favor, nem por sonho se compare com o EX. Pelo amor de Deus …
Roberto Kós
17 de fevereiro de 2013 - 22:01Com toda essa dinheirama que o poderoso Puty do Governo Ana Júlia diz que investiu todos sabemos do resultado que foi o governo petista em 4 anos: pífio. Tanto que não conseguiu nem se reeleger. Tiveram recursos do governo Federal, a mão amiga do Lula, e não souberam aproveitar, não souberam aplicar. Não fizeram nada. Deixaram o Pará como terra arrasada. Quer o Puty, agora, aparecer para o cenário do Estado como o grande nome para o Governo. Passa mais tarde, cara. Voces tiveram a faca e o queijo na mão e não souberam aproveitar. O povo do Pará não esquece.
Edyr Queiroz
17 de fevereiro de 2013 - 21:40É engraçado, o deputado Puty passou quatro anos mandando no governo Ana Júlia e o resultado todos conhecemos. Ou melhor: a população do Pará sentia tanmtos os efeitos desses investimentos que o depuatdo aponta que deu um chega pra lá na governadora mais rejeitada da história, que não ganha hoje nem pra vereadora. Eu quero ver comparar, caro deputado, é daqui a dois anos. Da mesma maneira que se comparou na eleição passada e a Ana Júlia levou peia , mesmo com a máquina na mão.
Marcos Souza
17 de fevereiro de 2013 - 21:27Realmente a situação governamental atual é triste. Parece estar amarrado. Segurança, Saúde, Transportes, Educação e agora a Agricultura. Nem farinha temos mais à vontade. O preço está nas alturas. Só falta este governo começar a importar a nossa santa farinha de mandioca e de tapioca. Coitado do Zé povo!
Pedro Lemos
17 de fevereiro de 2013 - 18:23O infeliz retorno do PSDB/JATENE em 2011 até 2014 só trousse uma paralizia total ao Estado do Para, acabando com todas as espectativas de investimentos público e privado com horizonte partir de 2010.
Paulo Cunha
17 de fevereiro de 2013 - 14:30Interessante é ver comentarios de gente que deveria,pela sua estatura de secretario,ao menos dar uma resposta convincente(amparado por posições tecnicas,de gente que ao menos entendesse do traçado). O sujeito que se auto intitula “agitador cultural”,nada explica, ao afirmar que um Doutor em Economia não sabe distinguir investimento de receita. Vai ver que ele sabe,através de sua conduta de remora,distiguir crescimento de desenvolvimento(coisa que este governo ai não aplica nem um nem outro).
NADA E NEM NinguEIm te MEreSSIAS mesmo.