A Secretaria de Estado de Transportes (Setran) encerrou, na quarta-feira (28), a concretagem do bloco que dará origem ao novo pilar central da ponte estaiada com 268 metros que religará a Alça Viária, no trecho em que foi derrubada no último mês de abril após a colisão de balsa que navegava de forma clandestina no local a um dos pilares de sustentação da ponte.
A terceira etapa da obra, iniciada esta semana é a montagem do tabuleiro (pista de rolamento), que foi pré-fabricado em Fortaleza (CE) e está chegando ao canteiro de obras no Moju. Para a sustentação, será também construído o mastro, com dois pilares até 85,10 metros de altura acima do topo do bloco, totalizando 90,9 metros acima do fundo do bloco, que está a 80 centímetros acima da maior maré estimada nos últimos 100 anos. O mastro deverá alcançar 60 metros em 15 de setembro, e 85,10 metros até o final de setembro.
Simultaneamente a construção do mastro, já está sendo prevista a montagem do início do tabuleiro que estará a 22 metros acima do bloco, apoiado na viga travessa e terá o comprimento inicial de 24 metros, onde serão instalados os primeiros 4 estais da ponte. Essa sequência construtiva da terceira e última etapa da ponte se desenvolverá ao longo de todo o mês de outubro e deverá ser concluída em 20 de novembro, quando se alcançará os 5 meses de construção da ponte.
O titular da Setran, Pádua Andrade esclarece que não haverá atraso no prazo para entrega da obra concluída. Conforme cláusula contratual, a empresa tem até o final de novembro para concluir os trabalhos da obra que iniciou no final de julho. “Em virtude da forma como os escombros da ponte e os destroços ficaram dispostos no fundo do rio, em um grande emaranhado, e a forte correnteza que chega até a cinco nós no local, houve uma demora além do previsto para a retirada dos escombros, mas o cronograma da obra está em dia”, explicou Pádua.
Com o início da montagem da forma deslizante do pilar central, inicia-se a construção do mastro na parte central do bloco de fundação enquanto as estacas e as partes periféricas do bloco são construídos simultaneamente em outro local. Essa é a inovação no método construtivo na ponte do Moju.
A reconstrução da parte central da ponte está sendo feita com dois vãos de navegação ampliados. Cada um terá 134 metros divididos pelo mastro, ambos suportados por 40 cabos-estais distantes 12 metros um do outro. Esse novo sistema estrutural garantirá a boa qualidade da navegação na região, com mínimo risco de impacto de embarcações.
A ponte rio Moju faz parte do complexo de quatro pontes da Alça Viária – a rodovia PA-483, que tem mais de 70 quilômetros de extensão – e é a principal artéria rodoviária do Norte do Brasil, integrando a Região Metropolitana de Belém (RMB) ao sul e sudeste do Pará.