Sábado retrasado, 15, percorrendo  o projeto Portal Amazônia, conjunto de obras realizadas pela prefeitura de Belém às margens do rio Guamá, o blog percebeu a dimensão social da intervenção urbanística.

Principalmente no trecho Mangal das Garças/rua dos Mundurucus e arrabaldes, há uma transformação real, factível.

Quem conhece o bairro da Estrada Nova sabe da dimensão de palafitas construídas ao longo dos anos, com muita pobreza e miséria, espalhadas. Grande parte do favelão, na área do entorno da orla que avança, já foi retirado.

Andando de carro e em lancha por toda a área beneficiada com a obra de macrodrenagem, dá um alento danado na alma constar a possibilidade de se combater a miséria com obras de envergadura, principalmente quando envolve drenagem e habitação digna.

Como o pôster nasceu numa cidade à beira do Tocantins, vivenciando suas belezas e o tufo de satisfação que dá morar em ribanceiras urbanizadas, como hoje ocorre em Marabá com a sua orla consolidada, foi impossível deixar de se empolgar com o que viu.

O modelo de obra do Portal Amazônia bem poderia ser estendido a todas outras cidades paraenses cortadas por rios, não apenas para estimular a exploração sustentável de suas belezas naturais, mas, e principalmente,  acabar com a vida miserável dos moradores ribeirinhos, maioria abandonados à própria sorte e desterro.

À margem de polêmicas que sempre cercam a figura do prefeito de Belém, Duciomar Costa, a verdade é que o Portal Amazônia mudará o conceito de vida do povo belemense, quando o projeto estiver totalmente concluído.

O tempo comprovará essa afirmativa, e o blogger, como sempre faz, incluirá links para este post, quando provocado a relembrar a afirmativa.

Dois dias depois das andanças pela orla da capital, conseguimos viabilizar entrevista com Duciomar Costa, na segunda-feira, 17, à tarde, num dos restaurantes de Belém, questionando-o sobre o futuro do Portal Amazônia e, de quebra, assuntos políticos e administrativos.

Entrevista será publicada nesta segunda-feira, 24.