Os pesados investimentos da Vale  em projetos minerais situados no município de Canaã dos Carajás tem provocado efeitos diversos na economia local. O mais nefasto é a alta do custo de vida.

Paralelo, a explosão dos valores imobiliários chega a estratosfera.

Além de altos valores cobrados no aluguel de kitnets, a indisponibilidade de imóveis faz com que algumas pessoas residam em residências de conhecidos. Já está surgindo na cidade situações em que proprietários alugam dependências de seus domicílios para acomodação de “sem-moradias”, normalmente mão-de-obra recém contratada da Vale.

O  projeto  S11D está com operação prevista para o segundo semestre de 2014, com investimento da ordem de  US$ 6,776 bilhões, só na implantação do complexo de mina e usina de beneficiamento, com capacidade para produção de 90 milhões de toneladas/ano.

Outro projeto, orçado em US$ 2,968 bilhões, vai ampliar em 40 milhões de toneladas/ano a capacidade de produção do Projeto Ferro Carajás, cuja capacidade atual é de pouco mais de 100 milhões de toneladas.

Considerado um dos maiores projetos de exploração mineral da Vale no mundo, o S11D, na Serra Sul de Carajás, permitirá à mineradora bater todos os recordes de produção. O escoamento de minério passará de 110 milhões de toneladas por ano, para 220 milhões de toneladas no primeiro ano da efetivação da mina, com previsão de crescimento para 280 milhões nos próximos cinco a dez anos.

Mais não é apenas o surgimento de oportunidades no projeto S11D que está provocando mudanças profundas no cotidiano de Canaã dos Carajás.

A chegada diária de pessoas de todos os Estados do país, com a esperança de vidas melhores, provoca o crescimento de novas demandas, nem sempre combatidas a tempo pelo poder público.

O S11D está em fase de obtenção de licenças ambientais no Ibama. A Vale fez três audiências públicas em Canaã dos Carajás, Parauapebas e Curionópolis, municípios afetados pelo projeto. A expectativa é iniciar as obras civis no segundo semestre de 2011