Os políticos do sudeste do Pará provavelmente dirão alguma coisa no rádio e na TV, mas os do Tapajós … destes o eleitor nada espere, pois as “lideranças” do chamado Oeste do Pará são historicamente reverentes aos grupos de poder tradicionais centrados na capital, aos quais sempre obedecem como cordeiros e contra os quais nunca lutaram nem lutarão. As “lideranças” do Oeste há décadas esperam que o Estado do Tapajós lhes seja oferecido na bandeja, como um presente. Aliás, no plebiscito, o projeto que foi à consulta popular foi elaborado por um senador de Roraima, que sequer conhece a história e o presente dessa região paraense.

No caso do Tapajós, a “luta” pela criação do novo Estado prossegue, de maneira burocrática, sem penetração popular, sem o apelo efetivo a um embate social muito mais que partidário. A ideia da emancipação continua a existir, pois isso já faz parte da cultura local desde meado do século 19, notadamente a partir de 1883 quando primeiro se colocou num papel o desejo de que o Baixo Amazonas se constituísse numa nova Província do Império. Mas a sua institucionalização continua monopolizada pelos políticos ou seus empregados, distantes do povo e de suas aspirações.

 

Os dois parágrafos integram análise do jornalista Manuel Dutra, de Santarém, ao levantar suspeitas de que a criação de novos Estados  não será tema dos debates eleitorais.

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