Jornal Opinião, semana passada, publicou matéria sobre o número de acidentes em rodovias federais e estaduais, no Pará, provocados pela interferência de animais tentando atravessá-las.

Conteúdo da informação, bastante abalizado pelo levantamento de dados feito pelo jornal, revela uma realidade preocupante: os acidentes com animais só têm crescido, nos últimos anos, principalmente na PA-150 e BR-155.

Se tem aumentado, há explicação lógica: o descuido de proprietários de imóveis rurais às margens das rodovias na fiscalização da eficiência das cercas protetoras.

Em alguns pontos das duas estradas citadas, observando com cuidado, dá para perceber grandes vãos abertos de cercas, seja pela queda de arames ou até mesmo cancelas deixadas abertas.

Além de acidente envolvendo um ônibus da Transbrasiliana na BR-155, que resultou grande número de passageiros acidentados depois do veículo capotado ao chocar-se com um animal, outro choque de grande proporção ocorreu entre Goianésia e Jacundá, semana passada.

Um gol vermelho dirigido pelo estudante de engenharia Fábio Bogéa, que se encontrava no veículo acompanhado do pai, Odilon Augusto da Silva, bateu de frente com uma porca que cruzava a PA-150, na descida de uma ladeira.  De grande proporção, o choque provocou seguidas capotadas do carro, antes de despencar-se no meio do pasto de uma fazenda.

A violência do acidente, ocorrido por volta de 16 horas de um domingo, causou a destruição de extensa parte da cerca de arame farpado.

Depois das capotadas, o carro ficou praticamente achatado.

Os passageiros  escaparam por milagre.

“Acho que o cinto de segurança nos salvou,  já que sem eles, seríamos expelidos do carro. Tivemos sorte também, na hora das capotadas no meio das cercas destruídas, de não sermos decapitados pelo arames, uma vez que o carro foi arrancando tudo o que encontrava pela frente tão grande foi o choque com o suíno”, explica Fábio, que sofreu apenas escoriações – ele, e o pai. “Não deu para evitar o choque, já que a porca foi visualizada quando estávamos no topo da ladeira, em processo de descida”.

“Vamos celebrar nossos aniversários, a partir desse acidente, em duas datas. Escapamos por milagre, foi a mão de Deus”, conta Odilon.

Pessoas que testemunharam o acidente revelaram ser comum, na área, o tráfego de animais pela rodovia Pa-150, sem que proprietários façam qualquer ação visando impedir a fuga dos bichos de suas propriedades.

Imagens de como ficou o carro e a porca, partida em vários pedaços, depois da forte batida.

 

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Fotos do celular de parente dos acidentados, deslocado à noite até o local para providências necessárias