O poster nasceu na beira do rio Tocantins, tão perto que aos quatro anos já sabia nadar em suas águas. Na alma e na condição de menino do interior, foi doído deixar a cidade para estudar em outras paragens. A vontade de voltar para a mesma casa de frente para o rio, perturbava-me, deixava o coração partido. Isso me perseguiu por muitos anos. Até hoje, tenho imagens gostosas do cheiro da água do Tocantins. Mas, decididamente, jamais voltaria a morar no mesmo lugar – todo ano atingido pela cheia. O poster mesmo e sua familia tiveram que fazer várias mudanças, enquanto ali moravam.
A quebra de paradigmas é uma necessidade. O tal ´fator cultural´ tantas vezes usado, e sempre repetido por quem não quer pegar o boi pelo chifre, para justificar a permanência de moradores nas regiões mais baixas de Marabá, precisa ser combatido. Os problemas sociais do município são graves e aumentam anualmente à reboque do crescimento da cidade, tudo enfrentado com recursos que diminuem na preoporção inversa das demandas acumuladas. Sem falar do surgimento de municípios competitivos e que disputam com o mesmo ardor os recursos destinados aos setores de infra-estrutura, saúde, educação e saneamento.
Quem se atreve a segurar essa bandeira?