Os moradores de alguns bairros de Marabá ficaram mais de seis horas, neste domingo, sem energia em suas residências, resultante de quedas do sistema por algum problema em transformadores.

A demora para a normalização da energia nas residências deveu-se ( e está sendo assim nos últimos meses) à falta de equipes de plantão atuando nos feriados e domingos.

Se o distinto público não sabe, informamos.

A distribuidora de energia Equatorial reduz a apenas uma equipe de plantão ( um carro com dois funcionários) seu quadro ára atender a “queda” de energia nos bairros da cidade.

Não apenas para atender a população de Marabá, mas no entorno de 100 Km do município, ou seja abrangendo populações domiciliadas nesse raio geográfico.

O blogueiro descobriu essa “eficiência administrativa” da Equatorial conversando com graduado servidor da empresa, na manhã desta segunda-feira, ao comentar com o mesmo as razões que levaram a concessionária a demorar restabelecer energia para setores atingidos por “quedas de fases”.

O rapaz foi textual.

A Equatorial já vem adotando essa estratégia de redução de pessoal nos plantões de final de semana e aos feriados, para reduzir custos.

Um carro com dois heróicos trabalhadores para atender a dimensão da área citada.

O problema é de conhecimento de muitos, inclusive das autoridades do Estado – só que nada se faz para “sensibilizar” a empresa a aumentar seu efetivo de plantões.

Não é possível haver um sistema capitalista funcionando perfeitamente se não houver um Estado cumprindo as suas funções de caráter regulativo.

O que ocorre atualmente   -, nesse processo onde as concessionárias/distribuidoras de energia fazem o que bem entendem com os consumidores, sem que haja para o bem destes, qualquer tipo de ação protetiva – são atos de perversão.

É inadmissível, a antiga Celpa , hoje Equatorial,  praticamente acabar com os serviços de plantões nos feriados, “afinando” para apenas um carro o atendimento a uma região que abrange mais de 500 mil pessoas, se considerarmos a população de Marabá e o seu entorno de 100 km.

A empresa pode até vir, logo mais, emitir nota dizendo que isso não é verdade, mas a fonte na qual o repórter colheu a informação é segura, de dentro da própria distribuidora de energia.

Resultado é que bairros da cidade ficam sem luz por mais de seis a oito horas, quando há uma queda por conta de problemas na rede, porque só há uma equipe com dois trabalhadores atuando o dia todo.

Tudo por conta da política de “contenção de gastos”, como disse o graduado funcionário da Equatorial.

A bem da verdade,  o trajeto de privatização das concessionárias de energia trouxe nenhum ganho aos consumidores.

O setor privado pouco investiu, obrigando o governo a continuar investindo na expansão do sistema.

E, em vez de mais baratas,  como prometiam nas campanhas pela privatização dos etor elétrico, as tarifas para o setor residencial subiram desesperadamente nos últimos anos.

Sobrou a Eletrobras, que agora o governo quer privatizar, sem apresentar um motivo plausível para isto.