Seu delegado ouviu e mandou anotar
Sabendo que há coisas que ele não pode explicar
Só ficou intrigado quando ela falou
Que ele tinha a mania
De ouvir sem parar
Um samba do Chico
Falando das coisas do dia a dia

Os versos de “Comprimidos” (Paulinho da Viola) aparecem para ilustrar a notícia de que a Cabo de Polícia Militar, Silvia Renata da Luz, 36 anos, se entregou e depôs à polícia de Ananindeua, depois de assassinar o ex- marido, também cabo PM, Francisco da Costa Negrão.

A versão dela é de que matou o ex-companheiro para não ser morta, depois da vítima fazer disparo contra a sua cabeça de uma bala que não detonou, no interior do veículo. Contou ainda ser alvo de espancamentos e violências outras praticadas pelo ex-militar.

A família da vítima reagiu de imediato falando em ambição de Silvia Renata pelos bens de Negrão.

Difícil conceber com exatidão o que se passou no interior daquele carro onde o militar foi morto. É mais propenso para alguns imaginar a mulher querendo paz no lar, depois de um casamento anterior fracassado. Inclusive é o que passa pela cabeça deste blogger.

Por outro lado, o preconceito de nossa sociedade autoritária e machista, com certeza, não aceitará essa tese. Reagirá logo irada querendo degolar a fêmea, transformada raivosamente – nessas horas -, em referencia de “mulher safada e ambiciosa”.

Seu delegado ouviu e mandou anotar
Sabendo que há coisas que ele não pode explicar…