Ficou difícil. Toda vez que Cunha passar na porta do TCE, a partir de agora, vai enxergar o corvo de Poe a lhe dizer “nunca mais”.

Cunha bate à porta da falência política. Espatifou o decôro parlamentar, e sua salvação levará, obrigatoriamente, toda a Assembléia com ele, o que não será difícil, inédito ou anormal, tendo em vista os parâmetros elásticos da normalidade legislativa.

Ante o acontecido, a reação de parte de seus pares ultrapassou em muito os limites da ética, mostrou-se não republicana, temerária, e abusadamente intimidatória ao tenta avacalhar a imprensa, negar os fatos, ludibriar a opinião pública, dizendo não ao desejo e o direito da sociedade de uma representação honesta e responsiva aos eleitores, tentando esconder a esbórnia que campeia nas atividades políticas.

Deve o procurador eleitoral José Augusto Potiguar esmigalhar a desastrada armação.

E a sociedade paroara precisa aumentar as lentes sobre essa Assembléia de Coleguismo, perigosíssima, que não hesita em reiterar péssimos exemplos de representação, assustando e envergonhando o estado e seus cidadãos.

Oscar Wilde tinha razão. Não há moral numa ilha.

Os seis últimos parágrafos do post A Ilha, de Juvêncio Arruda, sintetizam o tipo de representação política a povoar o Legislativo de nosso Estado.

Uma relação amistosa entre compadres.