O negócio é sentar na presilha até comer o peito da franga.

Mais ou menos assim é o pensamento de pecuarista amigo do blogger ao comentar a invasão da área de reflorestamento Pioneira, do Grupo Cosipar, promovida pelo mesmo grupo do MST que tomou de assalto há quatro anos a fazenda Peruano. A explicação dele refere-se a necessidade dos proprietários terem sua própria segurança particular armada.

– Até a gente esperar ação dos governos e da Justiça, no sentido de nos restituírem o direito à propriedade, perdemos grande parte do que construímos. Principalmente aquilo mais grato ao ser humano: a auto-estima de estar edificando algo e vê-lo, de repente, destruído.

A propósito, o governo assinou decreto, semana passada, prevendo multas para quem produzir, transportar e comercializar produtos em áreas ilegalmente desmatadas. O valor das multas a serem aplicadas deve girar em torno de R$ 5 mil por hectare desmatado.

Perguntinhas: o decreto prevê alguma punição para quem invade e promove idêntica destruição em área reflorestada? Qual a multa a ser aplicada a quem toma de assalto essas áreas? O MST e demais organizações sociais de plano rural responsáveis, hoje, pela destruição de matas e queimadas, também são passíveis de punição ou passam ao largo do decreto presidencial?

Uma coisa é certa: a Pioneira, assaltada por um comboio parido na fazenda Peruano, tem mais de 4 mil hectares plantados, mas corre o risco de ser desapropriada diante da fúria com que os coordenadores da invasão bradam aos quatro ventos.

A Cosipar investiu mais de quinze anos na plantação de 600 alqueires de eucalipto, está fazendo o dever de casa. Se bobear, agora, mesmo sendo agente passivo dos distúrbios em sua propriedade, será punida. De um jeito ou de outro.