Coluna do poster publicada nesta terça-feira, 10, no Diário do Pará:

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Pra inglês ver
Com que cara anda o prefeito de Paragominas, Adnam Demachki (PSDB), depois que seu município apareceu em segundo lugar no ranking dos maiores destruidores de mata no Pará? O propalado “ desmatamento zero” anunciado há mais de dois anos pelo alcaide não passa mesmo daquilo que a coluna sempre acusou: campanha de marketing mentirosa. O cuidadoso levantamento realizado pela Imazon em áreas onde se retiram madeira sem autorização legal, desmascara as intenções do prefeito de cuidar responsavelmente pela integridade das florestas de seu território.
Ranking dos predadores
Entre 2007 e 2008, diz a ONG Imazon, 76% dos 372.594 hectares de floresta explorada sem autorização no Pará, ocorreram em 10 municípios. Portel é o campeão com 67.170 hectares. Coladinha nele, aparece Paragominas, responsável, em um ano, pela destruição de 60.092 hectares de área explorada sem autorização. Depois aparecem, pela ordem, Rondon do Pará (31.261), Goianésia (27.151), Tomé-açu (21.561), Ipixuna do Pará (21.417), Tailândia (21.110), Dom Eliseu (14.922), Altamira (10.940) e Uruará (8.870).
Cadê Pinóquio, gente!
A coluna estimula seus leitores observarem na lista dos dez maiores destruidores de florestas, a inclusão dos municípios paraenses que mais fornecem carvão vegetal para as guseiras do Maranhão, exatamente Paragominas, Rondon, Ipixuna do Pará e Dom Eliseu. De municípios cujos produtores de carvão são mais ligados ao Distrito Industrial de Marabá, aparecem apenas Goianésia e Tailândia. O próprio município de Marabá está fora da lista suja. Como toda mentira tem perna curta, a campanha de Adnam Demachki contra a Sinobrás e o DI marabaense, está desmascarada com números reais.
Pai Baião
Até 1913, as terras do município de Marabá pertenceram ao município de Baião que, com grande extensão patrimonial incorporava São João do Araguaia, Conceição do Araguaia, Marabá e o distrito de Alcobaça – hoje Tucuruí. Salvo pequeno engano, Baião já pode ter sido o maior município do mundo, em extensão territorial. Historicamente, a região do Baixo Tocantins onde pontificam Cametá, Baião e Mocajuba, teve intensa ligação com a vida econômica de Marabá, ao servirem de entreposto das grandiosas embarcações que transportavam castanha para os barões exportadores residentes em Belém.
Segurando o leme
No curso dessa rota fluvial que cruzava perigosas cachoeiras e interligava povoações através do intercâmbio cultural, e das relações sócio-econômicas, é que se destinam as filmagens do que ainda resta nas ribanceiras do Tocantins, a serem trabalhadas por uma equipe da VídeoV, produtora de Marabá, roteirizadas para o documentário “Na proa desse rio”. Testemunhos de remanescentes em idade avançada, residentes em Tucuruí, Cametá, Baião e Mocajuba serão as riquezas do vídeo.
Negócios bolivarianos
Pecuaristas da região Sudeste do Pará, cada vez mais dispostos a se desvincularem comercialmente dos grandes frigoríficos nacionais, aguardam ansiosos o resultado da viagem que a governadora Ana Júlia iniciou à Venezuela com objetivo, entre outros itens de sua agenda internacional, de viabilizar a regularização de uma rota de navios para o incremento das exportações do boi em pé, pescado, aves e polpa de frutas. O país de Hugo Chaves é um grande consumidor desses produtos produzidos em escala na região de Marabá.
Curta Carajás
Confirmado para o dia 14, sábado, exibição de cinco curtas produzidos em Parauapebas, e um em Canaã dos Carajás, como parte da programação da mostra Curta Carajás, patrocinado pela secretaria de Cultura do município. Reconhecendo não existir ainda na região uma produção forte e consistente, o secretário Cláudio Feitosa compreende o festival como primeiro passo para fortalecer a produção audiovisual no município. A prefeitura de Parauapebas oferece não só o contato com a diversidade de produção cinematográfica, mas uma possibilidade de qualificação por meio das oficinas que serão realizadas. Mostra inicia hoje, 10, e termina sábado, 14.

Umas & Outras

O Projeto de Florestas Tropicais liderado pelo Príncipe Charles, que visitou Pará neste ano, tem uma nova empresa associada: a Alcoa. A iniciativa busca conscientizar para a redução do ritmo de destruição das florestas tropicais e enfrentamento das mudanças climáticas. A Companhia vai contribuir com a plantação de 15 milhões de árvores em 50 anos em Juruti, Oeste do Pará, onde opera uma mina de bauxita desde Setembro deste ano.

Reforma do estádio Zinho Oliveira tem prazo para conclusão: primeira semana de janeiro de 2010, com ampliação de sua capacidade de duas mil para cinco mil pessoas e implantação de nova iluminação, além de cadeiras cativas.

Coronel Antonio Araújo, diretor do DMTU, inicia campanha educativa para reduzir os índices de acidentes no trânsito de Marabá, que causaram, em um ano, prejuízo de um milhão de reais com perdas em produção, custos médicos, previdência social, custos legais, perdas materiais, despesas com seguro e custos com emergências entre outros. 48% dos acidentes são causados por excesso de velocidade.

Esta semana começam obras de montagem dos estandes da XVI FICAM, que este ano baterá recorde de participantes cadastrados.