Conteúdo de gravação entregue pelo prefeito de Marabá , João Salame, à Justiça Eleitoral, pedindo investigação de denúncias de pagamento de propina a juízes do TRE, será apurado pelo Conselho Nacional de Justiça.

Abertura de sindicância para apurar os fatos foi determinada pelo conselheiro do CNJ, Gilberto Martins Valete.

João Salame, inclusive, antes mesmo do CNJ se pronunciar, colocou-se à disposição do Ministério Público Federal, corregedoria do TRE e da Polícia Federal, para prestar esclarecimentos.

Pelo telefone, agora de manhã, o prefeito constitucional de Marabá disse ao blog que está se sentindo  com o sentimento de dever ético cumprido, diante de sua decisão.

“Eu venho falando em mudanças, em usar meu mandato à frente da prefeitura para fazer as transformações que a sociedade vem pedindo, em  combater a corrupção, e não poderia, jamais, diante de  revelações que apontam para o pagamento de propinas a autoridades de meu Estado, cruzar os braços, ou compactuar ao lado de quem participa dessas atrocidades. Pedi ao meu advogado que encaminhasse a gravação ao presidente do TRE, no sentido de que ele investigasse a possibilidade de estar ocorrendo mesmo o que foi ventilado na gravação. Cumpri com meu dever de cidadão e irei até as ultimas consequências para que esse suposto quadro de anomalias dentro das instituições de meu Estado  seja extirpado de vez”, disse.