Nãos e fala em outra coisa: a chuva de granizo em Tucumã e no município de Alenquer.

Como já foi amplamente divulgado, o fato ocorreu na  tarde desta segunda-feira (23) quando  choveu granizo na sede municipal de Tucumã, no sul do Pará, e em Camburão, distrito a cerca de 35 quilômetros do município de Alenquer, na região oeste.

O primeiro episódio ocorreu por volta das 15h30 em Camburão, onde pequenas pedras de gelo foram vistas pelos moradores.

Já em Tucumã, o granizo começou a cair por volta das 17 h e por cerca de 10 minutos, surpreendendo os moradores.

“O dia tava muito quente e, quando eu tava voltando pra casa, começou a chover rapidamente e muito forte. Eu sentia a força da chuva no meu rosto. Quando cheguei na minha residência, vi que eram pedras de gelo caindo. A minha antena, no telhado, foi danificada”, contou o morador Danilo Ribeiro Palheta.

Segundo a Defesa Civil de Tucumã, não houve registro de feridos na cidade, mas em algumas propriedades ficaram danos materiais. “Nós tivemos relatos de casas que foram destelhadas por causa do vento forte, mas ainda estamos averiguando a situação de fato”, disse Mônica Cristiane Ribeiro Machado, agente de Defesa Civil Municipal.

A meteorologia considera a chuva de granizo um fenômeno natural, mas pouco comum na região. Em 2018 foram registradas chuvas de gelo em agosto e dezembro na sede de Tucumã.

O fenômeno também ocorreu em 2015. De acordo com Saulo Prado, diretor de Meteorologia da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), o evento costuma ocorrer na mudança do regime de chuva no Estado.

“Na região sudeste do Pará, quando chega a transição do período menos chuvoso para o de maior pluviosidade, ocorrem tempestades muito severas, e as nuvens mais densas se formam rapidamente, o que pode resultar no fenômeno”, explicou o especialista.

Em termos gerais, o granizo começa a partir da formação de gotas de chuva. Dentro das nuvens do tipo cumulonimbus há correntes de ar que levam as gotículas de água para a região mais alta da nuvem e, nesse trajeto, a água congela, ficando pesada e cai em direção à superfície da Terra.

Quando o processo ocorre muito rápido, o gelo pode chegar ao solo sem ainda ter derretido na totalidade, como ocorre normalmente.

A Defesa Civil Estadual orienta que, em caso de chuva de granizo, as pessoas saiam de locais sem cobertura.

O ideal é procurar áreas seguras, com cobertura que não sejam danificadas pelo gelo. Em casos de emergência, a população pode acionar o Corpo de Bombeiros, ligando para 193 ou para o plantão da Defesa Civil Estadual – (91) 98899-6323.