Na manhã chuvosa, por onde a vista bate, o céu dorme -, de tão calma é a chuva solta no ar.
Chuva que nem parece de nuvens, apenas sussurrando. E, ao sussurrar, de si mesmo se esquece.
Gosto de ti, chuva nos beirados, dizendo expressões que ninguém entende, como se da cantilena de suas águas se desprendesse sonhos de magia e pecados.
Assim, em sussurro, a chuva revela leves dedos delicados, como se fosse uma canção alada a se desprender da boca.
Murmúrios por caminhos desolados.
A chuva silenciosa revela-me breves sensações estranhas, dolorosas até, provocando lúgubres arrepios.
conceição maciel
13 de fevereiro de 2013 - 16:59… e assim a chuva vem e lava todas as nossas desesperanças e tristezas, trazendo de volta a certeza, agora límpida, de novos rumos …e que ela venha com moderação para que todos sejam beneficiados por pingos expressivos de esperanças…!