Essa é a pergunta que grande parte de advogados começou a fazer depois que o presidente estadual da OAB, Jarbas Vasconcelos, decidiu fechar por quatro dias a sede da entidade, em Belém, alegando necessidade de organizar as eleições do dia  17 de novembro.

Jarbas Vasconcelos, através de uma portaria (abaixo), comunica o fechamento da sede, numa medida que não encontra justificativa em toda a história da entidade.

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Jarbas Vasconcelos está fazendo de tudo para eleger seu candidato, Alberto Campos, em  disputa contra o oposicionista Edilson Silva.

Inicialmente, tentou impugnar a candidatura do advogado, e avança na estratégia de campanha rasteira que seus seguidores comandam nas redes sociais.

Advogados que apoiam Edilson Silva suspeitam de que Vascocelos esteja tramando algum lance fora dos padrões recpublicanos, para derrotar a oposição.

Num post que mostra o perfil de Jarbas como pessoa autoritária e ditatorial, o jornalista Augusto Barata escreveu o seguinte texto, a respeito do fechamento da sede da OAB:

OAB – Quando o passado condena

As suspeitas de uma tentativa de manobra para favorecer a chapa da situação, em cujo epicentro figura Jarbas Vasconcelos, explicam-se pelos antecedentes do atual presidente, notabilizado pelo mandonismo e pelos parcos escrúpulos. Em seu primeiro mandato, Jarbas Vasconcelos, recorde-se, chegou na ser afastado da presidência da OAB do Pará, pelo Conselho Federal da entidade, na esteira de um escândalo teve como estopim a tentativa de venda de um terreno doado pela Prefeitura de Altamira, originalmente destinado à construção da sede da subsecção da OAB no município. Na condição de presidente da OAB do Pará, ele atropelou o rito formal, na pretensão de vender o terreno por R$ 301 mil, para Robério Abdon D’Oliveira, conselheiro da OAB do Pará e seu amigo íntimo. A tramóia se configurou como tal, definitivamente, na esteira da denúncia do vice-presidente da OAB do Pará, Evaldo Pinto, segundo a qual sua assinatura foi falsificada. A denúncia foi confirmada por Cynthia de Nazaré Portilho Rocha, assessora jurídica da OAB do Pará, que assumiu a falsificação.

Não faltaram indícios comprometendo irremediavelmente Jarbas Vasconcelos e Robério Abdon D’Oliveira, no rastro da suspeita transação envolvendo a tentativa de venda do terreno doado à OAB pela Prefeitura de Altamira. Nada mais comprometedor, sugerindo que estava em curso uma ação entre amigos, lesiva a OAB/PA, que o cheque de Robério Abdon D’Oliveira de R$ 301 mil, o valor da venda abortada, ter sido depositado uma semana antes da reunião do conselho seccional da OAB para examinar a matéria. A suspeita que medrou com vigor, na ocasião, é de que Robério Abdon D’Oliveira teria se prestado a ser o laranja de Jarbas Vasconcelos, que seria o verdeiro comprador na transação abortada.

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Nota do blog: nas redes sociais, o ato de Jarbas Vasconcelos pegou mal, e todos o criticamOAB 5