O ex-prefeito de Curionópolis e atual candidato a deputado estadual, Wenderson Chamon (MDB), mais conhecido como “Chamonzinho”, virou pauta de blogues e sites de notícias de Parauapebas e Canaã dos Carajás.
Ele está sendo acusado de usar seus veículos de comunicação, nos dois municípios, para fazer acusações contra lideranças políticas que decidiram apoiar outros candidatos a deputado estadual.
A denúncia mais grave vem de Canaã dos Carajás onde o prefeito local, Jeová Andrade, do mesmo partido de Chamon – o MDB -, fez publicar uma Carta Aberta na qual acusa o correligionário de estar fazendo “chantagem” contra sua administração.
Em um trecho da nota, o prefeito relata estar sendo perseguido porque Chamonzinho não aceitou democraticamente a decisão do prefeito do município apoiar a candidatura a deputado estadual do Pastor Stanisley, residente em Canaã, “pessoa séria e com chances reais de se eleger e representar nosso município”, diz.
O prefeito conta que, depois de anunciar seu apoio ao candidato local, “a perseguição aumentou muito e de forma desrespeitosa”.
Clicando A Q U I, íntegra da publicação.
Reação também em Parauapebas
Uma matéria publicada no jornal Correio, de propriedade de Chamonzinho, denunciando suposto esquema de corrupção dentro da prefeitura de Parauapebas, mereceu atenção do blog do Zé Dudu.
Denúncia do jornal aponta o empresário João Vicente do Vale, dono da empresa White Tratores e Serviços, como suposto operador do “esquema de corrupção”.
Comedido em suas publicações, Zé Dudu, no entanto, assume postura mais dura em relação ao modus operandi de Wenderson Chamon.
Diz o blogueiro:
“O jornal Correio, que é de propriedade do empresário Wenderson Chamon, o Chamonzinho, ex-prefeito de Curionópolis, traz em sua edição desta terça-feira, dia 4 de setembro, uma notícia que alarmou a todos, mais pela manchete do que pela comprovação da afirmação. Sob o título de “Canaã dos Carajás. BOMBA: White Tratores comanda o esquema de corrupção”, o jornal cita valores faturados pela empresa White Tratores e Serviços, de João Vicente do Vale, por serviços prestados no citado município na primeira gestão de Jeová Andrade.
Cita, também, mas sem mostrar nenhuma prova, a não ser mencionar que a fonte seria a justiça, suposto esquema montado no município de Tucuruí para lesar os cofres daquele município. Afirma, ainda, sem citar quais obras e valores, que o empresário João Vicente teria alcançado uma ascensão financeira meteórica graças a obras supostamente superfaturadas junto ao INCRA. Para concluir e fechar com chave de ouro a “denúncia bombástica”, o jornal de Chamonzinho informa que o empresário leva vida de alto padrão em Parauapebas, tendo mansão no bairro Vila Rica, avião, pista de motocross e haras, onde os animais são alimentados com maçãs.
É cláusula pétrea no jornalismo quando de uma denúncia a apresentação de provas, fato que o jornal de Chamonzinho não o fez. E, já que não o fez, não há o que ser contestado. Fica o dito pelo não dito. O que precisa de ser informado é que não há e nunca houve nenhuma queixa, inquérito ou demanda em qualquer esfera da justiça contra a White Tratores em relação aos contratos mantidos pela empresa com as prefeituras de Tucuruí e Canaã dos Carajás, apesar de que em ambas os gestores foram investigados pelo Ministério Público Estadual e afastados pelos juízes das mencionadas cidades. Na esfera federal, a empresa manteve, sim, contratos com o Incra e todos eles foram auditados e quitados, diga-se de passagem, sem nenhuma ressalva. Se o jornal tivesse procurado o Incra pra fazer essa consulta talvez não passasse pelo constrangimento de ter de desmentir a notícia.”
Mais adiante, Zé Dudu questiona a linha editorial do jornal de Chamon, dirigindo-se aos profissionais que fazem a publicação:
“Me perdoem os funcionários do jornal, mas parece que o Correio já não é o mesmo. Talvez seja preciso resgatar Mascarenhas ( Marcarenhas Carvalho, ex-proprietário do jornal, que decidiu vendê-lo a Chamonzinho) de sua aposentadoria para que o jornal volte a ter credibilidade e não fique mais a serviço dos interesses políticos de cidadão e de seus amigos.
A atitude intempestiva de Chamonzinho pode lhe trazer ácidos frutos, além dos da esfera judicial aos quais responderá pela publicação. Ele poderá perder apoios importantes com a atitude, já que Branco é profícuo articulador político e goza da credibilidade e do carinho da classe política local. O tempo dirá a quem serviu essa grosseira reportagem.”
Para ler integralmente o post de Zé Dudu, CLIQUE AQUI.
Dois dias depois da publicação acima, o mesmo blog postou artigo de Edson Bonetti, ex-chefe de gabinete de Darci Lermen, prefeito de Parauapebas comentando a situação de Chamonzinho no governo Darci.
Bonetti narra uma fábula intitulada “O lobo e os cães: uma metáfora das condições humanas” ligando a relação de Chamon com o governo Darci Lermen.
A certa altura do texto, o ex-servidor de Lermen chega às suas conclusões:
“Esse lobo, que contava com o apoio do líder dos cães, era tratado como um membro da família. Mas, aos poucos foi revelando sua verdadeira natureza. Egoísta, voraz, insaciável e sedento por poder, roubava o alimento dos membros mais frágeis e não ajudava nas tarefas coletivas.
Com o passar do tempo, o lobo começou a trair um por um até chegar a trair o líder dos cães. O lobo então foi expulso e a família dos cães voltou a ser unida e feliz”.
Essa estória, apesar de simples, retrata de forma metafórica muito bem o que governo Darci está passando com o seu candidato oficial, Chamonzinho. Esse vem demonstrando sua verdadeira natureza. Pouco a pouco vem atacando membros da família do líder, que muito pacientemente e de forma sensata aguarda que as “pedras se ajeitem depois da tempestade”.
Para ler o artigo, A Q U I.
Luis Sergio Anders Cavalcante
18 de setembro de 2018 - 16:12O Sr. Mascarenhas nada tem a ver com esse inbróglio. Não estou a defende-lo, mesmo porquê ele sabe, e muito bem, fazê-lo. Emedebistas históricos parauaras sempre se deram bem vivendo em cargos públicos. O imberbe candidato a Dep. Estadual é sómente mais um desses. Em 18.09.18, Mba.-PA.
Luis Sergio Anders Cavalcante
11 de setembro de 2018 - 19:41Pesquisa rápida mostra que a esmagadora maioria das concessões de comunicação(mídia falada, escrita e televisada) são para políticos. Mortal comum raramente consegue uma dessas concessões. Em 11.09.18, Mba.-PA.
Apinajé
11 de setembro de 2018 - 08:33Analisando as ultimas pesquisa de intenção de votos para as próximas eleições,só me resta concluir que a culpa é do NOÉ ,aquele da arca.
Depois do dilúvio,ao distribuir os animais para repovoarem a terra,não tenho dúvidas.descarregou, asnos,mulas,jericos e antas tudo no Brasil e foi no Pará que a tropa encontrou pasto farto,aqui cresceram e se multiplicaram.
Gil
8 de setembro de 2018 - 23:38Por que políticos comandam os meios de comunicação? Isso não é ilegal??
Fábio Chaves Neto
8 de setembro de 2018 - 16:46Amigos, esse sujeito ao invés de ficar usando seus veículos de comunicação( adquiridos com o meu, seu, o nosso dinheiro), deveria dizer qual mágica para um enriquecimento(ilícito). Faço esse questionamento pelo fato de saber todo seu histórico de vida. Aqui em Marabá, é público e notório a ostentação, voando em Helicóptero para comer galinha caipira nas margens do Tocantins. Cadê o MPF, Polícia Federal, que nada fazem. Pasmem senhores(as), é fácil achar a equação: basta buscar suas declarações de bens quando do exercício da vereança pra frente. Esse cara usava camionete do Eduardo(alvorada), pois, não podia segue comprar uma bicicleta. Hoje é dono e chamado de empresário da comunicação.
É preciso que alguém entre com ação contra esse larápio, e que ele venha a público justificar seu invejável patrimônio.
Cadê o MPF, que não se manifesta…Aliás, ele diz nos quatro cantos, que arrebenta com esses promotores(as) no jornal,rádio e TV, do poderoso Grupo Correio.