Blogueiro Alan Sousa comenta o post Mau Hálito de Caserna:
Vou propor uma visão bem mais simplificada do problema, que não passa por problemas históricos, educacionais, sociológicos ou religiosos – notadamente as maiores fontes de preconceitos contra homossexuais, não somente na questão das Forças Armadas, mas em qualquer situação de discriminação que se conheça:
1) Nossa Constituição vigente diz que todos somos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza (art. 5º, caput);
2) Logo, de acordo com a Constituição, não há qualquer obstáculo para que um homossexual ocupe cargos públicos, por exemplo – sejam esses cargos providos mediante concurso ou acessíveis por nomeação e/ou eleição;
3) Um homossexual declarado, se quiser, poderá candidatar-se a qualquer cargo público eletivo, como deputado ou senador. Poderá ser indicado ministro do STF, se cumprir os requisitos constitucionais. Poderá até eleger-se presidente da República, e nessa condição seria o comandante supremo das Forças Armandas (Constituição Federal, art. 84, XIII);
4) Portanto, se a Constituição não permite qualquer discriminação contra a orientação sexual, em qualquer nível, não será nas Forças Armadas que isso será admissível, pense o que pensar o general Cerqueira, todos os generais, almirantes e brigadeiros, ou qualquer outra pessoa.
A ordem constitucional são se sujeita às opiniões de quem quer que seja, por mais abalizadas (ou não) que sejam. Não se submete o texto constitucional aos preconceitos e/ou visões religiosas, sociais, ideológicas ou filosóficas de ninguém.
Se a lei comum não se discute – cumpre-se – o que se dirá da Constituição, Lei Maior do País?
Portanto, ou respeita integralmente a Constituição ou então pede pra sair, general Cerqueira!
Só pra complementar, Hiroshi, e agora sim analisando pessoalmente a fala do general Cerqueira: ao declarar que um homossexual não seria respeitado pela tropa e não seria obedecido, o general não só pôs em dúvida os dois maiores dogmas da ordem militar (hierarquia e disciplina), mas também foi profundamente desrespeitoso com as mulheres que compõem as Forças Armadas e as Polícias Militares, bem como foi totalmente desrespeitoso com qualquer mulher que ocupe cargo de chefia – notadamente nas Polícias Civis, Federal e Rodoviária.
O machismo incontido do general (que acha que só homem sabe comandar) produziu uma das maiores gafes já vistas no Senado, e a maior bobagem e ignorância que já se ouviu a respeito do tema, na história do País. Inclusive resvala e ofende a figura da ministra Dilma Roussef, candidata do Governo à presidência da República, uma mulher de reconhecido pulso firme e que poderá vir a ser sua comandante…
Sobre o próprio general Cerqueira, penso que ao mostrar-se refratário à Constituição Federal, ou no mínimo mostrar profundo desconhecimento da mesma, ele deixa de cumprir com o mínimo que se exige de um ministro de um Tribunal Superior – conhecimento e respeito à Lei Maior do país. Devia a CCJ mandá-lo de volta para a caserna, onde ele certamente não será mais útil à Nação, mas também não violentará a ordem constitucional vigente…
Professor Alan
Prof. Alan
9 de fevereiro de 2010 - 00:58Engraçado, o anônimo diz que os gays são violentos e vingativos, mas não existe a palavra "heterofobia", e sim "homofobia"…
Aliás, nem sei porque tô escrevendo isso aqui, ele não sabe o que é "homofobia". Ele escreveu errado em todos os momentos que se manifestou ("homosexual" é só uma das pérolas…).
A ignorância é a mãe de todos os problemas da humanidade!
Anonymous
8 de fevereiro de 2010 - 15:32Professor, professor… se não fosse os anônimos, esses blogs seriam mais um monológo.
E ainda se ressentem quando o Estado quer coibir abusos por parte da imprensa. Dizem logo que é censura. Mas não é censura querer banir os anônimos.
O Hiroshi está certo. Há bons e maus comentários feitos por anômimos. Como também há bons e maus comentários por quem se identifica.
Alberto Lima
8 de fevereiro de 2010 - 14:04Esse general não é coragem de sair do Armário, assim como o anônimo 21:30.
Sempre é assim, quem mais desdenha, é quem mais compra!
Cuidado! Vc pode ter filhos!
Anonymous
7 de fevereiro de 2010 - 23:18Nao admitiria um filho meu estudar em uma escola tendo um homosexual como professor.
Anonymous
7 de fevereiro de 2010 - 22:55A questao do anonimato no comentario reflete apenas que infelizmente as pessoas homosexuais ou simpatizantes deste desvio de conduta sao pessoas perigosas e extremamente vingativas e covardes nao valendo a pena se expor para este tipo de gente.
Reafirmo que homosexualismo nao é opcao e sim semvergonhice mesmo.
Hiroshi Bogéa
7 de fevereiro de 2010 - 21:37Professor, há anônimos bem intencionados em seus comentários, e outros, safados, raivosos, covardes. Pelos bem intencionados, não podemos jamais extingui-los da caixa de comentários por não trazerem suas identificações. O que procuro fazer é moderar com objetivo de manter um equilíbrio do pensamento dos meus leitores. Infelizmente, o comentarista 21:03 reflete parcela significativa, e preocupante, da preconceituosa população que se mantém ainda intacta neste país. É preciso identificá-los, sim, e combatê-los, mesmo que se escondam na covardia do anonimato. O que importa é termos atingido o objetivo dos posts: refletir sobre o mal que a homofobia faz a este país. Um abraço.
Prof. Alan
7 de fevereiro de 2010 - 13:46Hiroshi, é por conta de "opiniões" como a ladrada pelo anônimo das 21:03 que eu defendo o fim da possibilidade de comentários anônimos.
Se a pessoa que regurgitar uma porcaria como a que disse esse cidadão acima, a título de opinião, que tenha coragem pra assumir sua fala, como eu e os comentaristas idôneos fazem – e como o general Cerqueira fez. Diga-se o que quiser do general, mas ele foi corajoso, coragem essa que faltou ao anônimo ao mugir sua "opinião".
De outra forma o anonimato só se presta a ameaças e rascunhos do grotesco, como o lido acima, saído do tempo das cavernas…
Anonymous
7 de fevereiro de 2010 - 00:03A questao de mulher comandar nao tem nada a ver com homosexuais,pois a mulher tem respeito e que respeito merece um homosexual?
Concordo com o general pois homosexualismo náo é opcao ou doenca e sim semvergonhismo puro e nao queremos isto em nossas forcas armadas.