A rodovia Transamazônica, entre Marabá e o rio Araguaia, está parecendo tábua de pirulito.
O surgimento de buracos sobre buracos “corrigidos” pela empresa CCM, contratada pelo Dnit, é a mostra cabal de como as empreiteiras, sob anuência dos órgãos governamentais, tratam o dinheiro público.
Especificamente entre Marabá e o trevo que dá acesso a sede de São Domingos do Araguaia, numa extensão de 50 km, a CCM embroma a cada três meses, recuperando asfalto que já havia restaurado no período.
A chamada “operação tapa-buracos” é uma renovação de serviços mal executados, reforçando a tese antiga da existência de uma espécie de “indústria” de multiplicação de ganhos nas rodovia brasileiras.
E não venham justificar a molecagem usando o período invernoso como responsável pela destruição de serviços.
Muito antes da chegada do inverno, em novembro de 2014, o problema já vinha sendo identificado.
Se o leitor pesquisar no blog, encontrará posts noticiando os serviços de tapa-buracos executados pela CCM, pelo menos quatro vezes, no período de um ano, no trecho citado.
É uma verdadeira patifaria.
Asfalto de péssima qualidade, serviços executados sem a presença de pessoas qualificadas – tudo entregue ao sopro da improvisação.
E, pior: buracos se multiplicando sobre os mesmos buracos recém tapados, simultaneamente a novas crateras.
Essa mesma CCM que hoje brinca de tapar-buracos na rodovia, quando iniciou seus trabalhos na jurisdição paraense, há quase dois anos, já realizou trabalhos de qualidade, merecendo, por isso, elogios deste sítio,
Só que a relação promíscua de empreiteiras com órgãos públicos, sob o beneplácito da classe política, que a tudo vê, sem tomar partido pelo interesse maior da comunidade – é a grande incentivadora desses atos de lesa-o-erário.
O que faz o Chefe da Unidade do Dnit em Marabá para dar um basta nessa safadeza?
Nada.
Absolutamente nada.
kaprãn
27 de abril de 2015 - 14:00Caro bloger , aquí no sentido Marabá / Itupiranga , do km 21 até o km 27 , a buraqueira no asfalto também preocupa quem trafega no trecho. Os carros , caminhões e motos , serpenteiam querendo desviar das “panelas” ; o risco de acidentes é enorme. Há urgente necessidade de reparos.
Kaprãn, no início deste mês fiz matéria sobre a situação da Transamazônica, trecho Marabá-Itupiranga. Vou esperar mais uma semana o Dnit se manifestar, caso contrário, iremos fazer outro post, com mais agressividade. http://www.hiroshibogea.com.br/buraqueira-na-transamazonica-provoca-acidentes-no-trecho-maraba-itupiranga/
Apinajé
27 de abril de 2015 - 11:56O Garcia tá certinho,aliás, na hora de inaugurar todo mundo quer aparecer na foto,depois,fica o jogo de empurra,isso se dá em todas as áreas,saúde,educação,segurança e infraestrutura.
se o trecho é urbano,todo mundo diz:esse buraco é do Salame.
agenor garcia
27 de abril de 2015 - 11:08Caro Hiroshi,
Já fomos assessores de comunicação da prefeitura de Marabá, inclusive, com o status de secretários. Nós dois sabemos que os problemas que surgem na Transamazônica, que parte em duas a cidade de Marabá, não pudem ser julgados como uma mera ação putativa de paternidade. Os prefeitos que assessoramos foram obrigados a entender que, buracos na Transamazônica, é uma ação da prefeitura. Ponto final. O povo não quer saber se o pai do buraco é o DNIT, ou seja lá quem for. O prefeito que ficar esperando o governo federal para resolver buracos, sinalização, iluminação, drenagem, bueiros entupidos de uma rodofederal vai ficar como na peça de teatro “Esperando Godot”. Salame tem mais é que arregaçar as mangas, ir tapar os buracos pois, quem passa na pista, não xinga a mãe do Denit.
Abraços,
Agenor Garcia
jornalista.