A campanha eleitoral paraense, pelo indicativo das primeiras pesquisas, é verdadeira incógnita.
Em artigo encaminhados aos blogs de Jeso Carneiro e Hiroshi Bogéa, o diretor da Doxa, instituto dos mais conceituados do Norte, faz pequena análise do quadro atual.
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A Corrida eleitoral ao Governo do Pará
(*) Dornélio Silva
Em novembro de 2013 a Doxa fez uma pesquisa estadual em que Jatene estava 10 pontos a frente de Helder.
De novembro até a decisão final de que Jatene, de fato, seria candidato à reeleição, aconteceu um vácuo de indecisão política no ninho tucano.
“Jatene iria renunciar ao mandato pra disputar fora do cargo por que não concordava com o instituto da reeleição”; “Jatene não seria mais candidato”. Essa indefinição causou estragos tremendos internos ao PSDB e aliados, bem como entre apoiadores históricos ao PSDB.
Nesse quadro nervoso, Helder Barbalho e seus aliados ocupam esse vácuo deixado pela indefinição tucana. E seu potencial de intenção de voto cresce. Helder e seus aliados começam a jogar sozinhos, sem concorrentes a altura.
Quando as arestas tucanas são aparadas e Jatene define-se como candidato – o único que poderia enfrentar o avanço de Helder -, os aliados históricos, apoiadores e financiadores de campanha tucana animam-se, levantam-se e se preparam para luta eleitoral.
O IBOPE apresenta sua primeira pesquisa estadual, indicando empate técnico entre os dois principais concorrentes (ligeira vantagem para Helder).
Olhando o que a Doxa detectou em novembro/2013 significa dizer que Jatene está recuperando o espaço perdido devido à sua indefinição, àquela altura, em ser ou não ser candidato.
Nas pesquisas internas realizadas na Região Metropolitana de Belém pela Doxa, podemos identificar essa recuperação de espaço.
Agora todos os seis times estão em campo, dois jogando na Série A, um na B e os demais na C.
Quem ganhará esse campeonato?
Esperemos os próximos jogos já com a transmissão diária pelo rádio e TV.
(*) Dornélio Silva é diretor de pesquisa da Doxa Pesquisa e Comunicação.
Luis Lima
27 de agosto de 2014 - 11:27As pesquisas eleitorais são, a cada ponto numa reta e numa curva do processo, um retrato do momento.
Creio que, dado o jogo eleitoral e o tamanho do Pará, vejo, com um viés estatístico, que analisar apenas um espaço no território e, divulgar o resultado, induzir a uma percepção falsa do jogo.
De outro modo, é sempre interessante observar o número e, ao mesmo tempo, se permitir o dialogo sério, evitando uma tomada de posição.
Nesta linha, vejamos; a) se o Helder está a cinco pontos percentuais atrás do candidato oficial num dado tempo; digamos, o T – 0 ; b) no T -1 o Helder supera (na estimulada) o Jatene, então, quem fez o esforço e, teve a capacidade de superar a ausência da máquina governamental, foi o Helder, e não necessariamente, o Jatene, pois este, até maio, dispunha da propaganda oficial; c) ora, que pulou, neste contexto, na preferência, com base no texto da Doxa, foi o Helder é não o Jatene.
O crescimento do Jatene, na visão da Doxa, é, pela premissa política, uma evolução vegetativa e natural de quem sempre esteve na maquina e, digo, com tendência a estagnação face sua dificuldade e rejeição.
Por outro lado, o Helder, com menor rejeição e, sendo ainda um objeto de avaliação pelos eleitores tem e, detém, a capacidade de evoluir e barganhar novos eleitores,
Por fim, reitero que, divulgar pesquisa eleitoral apenas num espaço num conjunto do território é, infelizmente, induzir, através do jogo político midiático a indução ao erro e a manipulação.
Que as pesquisas seja para o universo territorial e, as especificas no espaço, seja utilizadas como estratégia de inserção eleitoral e de marketing localizados, e, de fato, o que serve pesquisa eleitorais especificas em áreas menores, quando se trata de pleito estadual e nacional.