Familiares e amigos de Patrick Oliveira Ribeiro, de 22 anos, acompanham o trabalho de uma equipe de mergulhadores do Corpo Bombeiros, na manhã desta sexta-feira (22), após o jovem desaparecer na Baía do Guajará, nas margens do Complexo Ver-o-Rio.

A vítima, que trabalhava em um lava-jato no bairro de Val-de-Cans, submergiu após decidir continuar nas águas turvas do rio, depois de mergulhar para encontrar o celular de um desconhecido.

O caso ocorreu na noite de quinta-feira (21), por volta das 22h. O rapaz estava acompanhado de um amigo que preferiu se identificar apenas pelo prenome de Diogo.

Ele conta que os dois estavam no local, sentados na mureta, quando perceberam que outros dois desconhecidos perderam um smartphone na baía.

“Na hora, a gente se aproximou e resolveu ajudar os dois rapazes, que nós não conhecíamos. Encontramos o celular, mas o Patrick decidiu continuar no rio, na beira”, conta.

Segundo Diogo, o colega disse que iria atravessar até o píer, onde algumas embarcações de grande porte atracam, a poucos metros da margem.

“Ele disse que iria até lá. Eu não tive coragem e fiquei. Ele chegou e conseguiu tocar lá, mas a maré tava muito cheia. Lembro que ele me chamou duas vezes e depois sumiu. Como ele era muito brincalhão, no início até pensei que fosse brincadeira dele, mas depois ele não voltou mais”, relembra.

Depois disso, o amigo da vítima informou que acionou o Centro Integrado de Operações (CIOP), por meio do 190, mas foi informado de que os mergulhadores só atuam pela manhã, por conta da baixa visibilidade do período noturno.

“Ainda fui na Seccional de São Brás e da Sacramenta, mas disseram que eu não poderia registrar uma ocorrência porque não havia o corpo e que o trabalho seria dos Bombeiros. Ainda voltei aqui durante a madrugada, mas infelizmente não encontrei ele”, comentou ele, que estava no local desde às 6h da manhã, com familiares e outros amigos da vítima.

A equipe de mergulhadores chegou às 9h50 desta sexta. O 3º sargento Gonzaga, responsável pela equipe de mergulhadores, detalhou que inicialmente as buscas seriam feitas pela região onde o rapaz submergiu.

“Vamos começar as buscas pela zona quente, a partir dos relatos de onde ele desapareceu. A gente sabe que é difícil lidar com a maré, por conta da movimentação também do corpo, mas vamos tentar encontrá-lo”, afirmou.

Mãe adotiva do rapaz, Silvia Pimentel, de 63 anos, conta que Patrick era um rapaz tranquilo e alegre.

“Ele era muito comunicativo e vivia rindo. Era gente do bem. Eu crio ele desde que ele tinha 6 anos. Nunca deu problema e todo mundo se dava com ele de cara”, pontuou a aposentada, bastante emocionada. (Com informação do portal ORM)