Numa das caixas de comentários do blog, autor autodenominado “Gregório de Matos Guerra – O Boca-do-inferno”, numa alusão ao poeta satírico baiano:
Muito coisa mudou sim, e como mudou. O problema é que foi para PIOR. Lembro que nessa época, não existia o município chamado de Parauopebas (nome em homenagem a certa cidade mineira), desmembrado de Marabá que, somado a muitos outros, só aumentaram os problemas sócio-ambientais.
Cada dia chega mais e mais gente de todas as partes e de todas as formações, seja para trabalhar, invadir propriedades privadas ou ocupar cargos públicos comissionados, sem necessidade de concurso público, fingindo que defendem a criação do Estado, quando, na verdade, defendem a manutenção do Sistema.
Um sistema perverso que a história registra por centenas de décadas. Não data de 400 anos, mas desde que Cabral aqui aportou. É ipsis literis: “Desvio de verba, funcionário fantasma, malversação de dinheiro público, isso é rotina no Poder Público paraense. Não existe Estado mágico, mas Estado respeitável para o povo que o habita. Carajás! Sim!”
Essa realidade nua e crua não vai mudar, pelo menos para o povão. “Eu já passei por tudo nessa vida e, em matéria de guarida, espero ainda a minha vez”. Confesso que sou de origem indígena, mas dinheiro eu quero mais, foi assim que deus me fez.
Já perdi muitas coisas nessa vida mas, de uma coisa tenho certeza: a memória e o raciocínio lógico, NÃO.
Lembro dos castanhais e de mais de 400 mil hectolitros de castanha exportados por safra, de Marabá para o mundo, dos grandes castanhais de mais de 50 mil hectares, dos pentas e barcos-motores que singravam os rios itacaiúnas e Tocantins. Lembro da juventude que viajava de ônibus (atolava até o teto) na PA-70, para estudar em Belém (90% dos estudantes). Alguns não quiseram estudar, não por falta de escolas ou dinheiro ou da hospitalidade de Belém.
Lembro do Colégio Sta.Terezinha, recentemente invadido, do casal de extrativista mortos em Ipixuna. Lembro do castanhal e da fazenda macaxeira, hoje transformado em cidade Eldorado dos Carajás.
Não me lembro do que nos diz Bramatti: “constata que Marabá “recebe cerca de 250 novos moradores por dia” e aspeia a sentença do delegado Alberto Teixeira, superintendente da Polícia Civil no sudeste do Pará: “Não há empregos para todas essas pessoas. Quem acolhe os jovens é o tráfico.” (extraído do blog quaradouro, 14/06/11).
Concluo que se tudo mudou e o povo está ainda pior, os municípios desmembrados em nada diferem do desmembramento do estado, a não ser na formalidade, o Sistema é o mesmo; assim, do que precisamos mesmo é mudar o SISTEMA, do qual o povo não participa e, para o qual, é a única solução, fazendo valer a sua vontade.
Gregório de Matos Guerra
(“O Boca-do-inferno”)
Anônimo
15 de junho de 2011 - 22:36Amigos!
Chequem o que falo. Sei o que falo:
O Mané Pioneiro, que é conhecido por pão massa fina, pois come sozinho sem deixar migalhas para nínguem, se esse processo for até o final, o que todos esperam, será apanhado com a boca na butija.
Anotem:
1) O Juvenil, antes de sair, renovou por mais 12 meses, ou seja, até 01/12/2011, um contrato com a amazon card – alimentos, que preve o pagamento mensal de R$ 1.620.000,00 (hum milhão, seiscentos e vinte mil), o que dividido por R$600,00 (seiscentos reais) que é o valor que cada funcionário recebe por mes, dá um total de 2.700 (funcionários), são apenas 1.700 (funcionários). A sobra mensal é de 1000 ou seja R$ 600.000,00 por mes. Ò Mané Pioneiro, caladinho da silva, já ingurupiu para si ( pão massa fina) os meses de fevereiro, março, abril, maio e pretende ingurupir tbm junho, isso dá brincando R$ 3.000.000,00 (tres milhoes em tikt alimentação), lembrem que o Mané era supermercadista em anannindeua.
Pensem. Porque o Juvenil prorrogou?. Porque O Mané não quebrou o contrato fraudulento?
O pior é que alguns deputados, mais espertos, como o Cassio do PSB, que recebia Antes do Juvenil, já deu uma prensa no Mané.
Entendem porque ele não quer a CPI.
O Pioneiro é muito dispreparado, basta ver a sua equipe. Mané, roupa não muda a essencia. Bandido, puxa-saco, burro, despreparado; ainda que com terno…..continuam os mesmos.
É por isso que a sugestão da ABIN, é de intervenção federal na ALEPA. Sabe-se lá do carater deste.
Boa noite!
E verifiquem, se poderem,inclusive o MP.
Mauro Sérgio.
Gregório de Matos Guerra
15 de junho de 2011 - 19:46De fato não é a fazenda que é situada em Eldorado dos Carajás. É Eldorado que é situado na área que era o castanhal. Quem veio depois foi a cidade e não o contrário. “Cabe ao povo, e tão somente a ele, a busca das melhorias e aplicações de politicas públicas (…)”. Isso tem nome de Orçamento Participativo, fato novo e elogiável, se estiver ocorrendo na política local e no entorno.
Na era da TI, para saber sobre os acontecimentos políticos, sociais e econômicos não se faz necessário ir ao local, para isso existe a globalização da informação, não há fronteiras. Na democracia brasileira, uma vez eleito, o candidato não deve satisfação ao eleitor, vai ter que aturar. Os mecanismos que possibilitam demovê-lo do cargo são outros.
GMG
O Boca-do-Inferno
George Hamilton Maranhão Alves
15 de junho de 2011 - 17:08Possivelmente, a área de Eldorado dos Carajás, foi a fazenda Cristino ou Boca do Cardoso, então pertencente a meu avô Dionor Maranhão, nos anos 70, do século passado.
Concordo que um novo Estado não trará mudanças significativas para o povo mais pobre. Tem que ter mudanças mais estruturais!
O povo mais pobre tem de participar da criação de Carajás e usufruir das benesses dessa criação. As classes dirigentes não podem excluir os pobres! O pobre não pode ser chamado só na hora de fazer o bolo; e ser deixado de fora na hora da festa.
Juracy Chaves
15 de junho de 2011 - 12:24É clarividente que, o que você fala não se escreve… Não é possível entender no seu paupérrimo texto a coesão necessária para que o leitor identifique a sua visão contextual ou se quer o seu pensamento critico. Mais como tudo na visa se transforma “Ibsen in lócus” vai aqui uma sugestão.
Pauaruapebas, cidade emancipado que fazia parte da brilhante cidade de Marabá, recebeu seu nome em virtude do Rio que corta a cidade, e você está confundindo com uma cidade mineira (Traca-se a letra “o” por “a”) que no dialeto indígena Parauapebas quer dizer (Rio de águas claras”).
Quanto aos castanhais, que foram à força de grandes ilustres imigrantes que vieram para esse rincão sem dono arriscar a própria vida para o desenvolvimento da região (Diaga-se de passagem patrocinada pelo apelo “Integrar para não Entregar”), pois sofríamos à época a grande pressão do “Tio Sam” em dominar a Amazônia; foi no contexto de desenvolvimento da região o marco dos filhos que hoje requer o pequeno direito de emancipar a região e fazer de seus filhos homens dignos de construir masmorras aos vícios e templos a virtude.
Chega de muito etc.. e tal, o fato principal é que estamos na hora de mudar pra melhor, transformar para melhor, desenvolver para melhor e fazer o melhor para todos aqueles que acreditam que estamos no momento de sermos donos de nosso próprio futuro.
Sim ao novo estado de Cajás, sim a vida, sim a união, sim ao desenvolvimento.
Juracy Chaves, Marabaense e isso é tudo…..
Claudio Pinheiro Filho
15 de junho de 2011 - 11:06Caro Gregório! A fazenda macaxeira, que por sinal era propiedade de minha família, não é situada em Eldorado dos Carajás, e sim, a mais ou menos 9 km de distância desta cidade – bons momentos vividos, grandes lembranças. O sistema e os políticos a que seu texto faz alusão, são os mesmos em todo o País. Qual a motivação para o “Arcaíco Pará”? Colocar a culpa em “modus operandi” é simples. Todos temos responsabilidades. Deveria ser mais claro ao citar “Sistema”, pois até onde eu sei, todos nós somos parte dele, fazemos parte da engrenagem que move esse processo, somos peça essencial na montagem dessa máquina.
Cabe ao povo, e tão somente a ele, a busca das melhorias e aplicações de politicas públicas voltadas para o desenvolvimento socioeconômico da área em que habita. Ele é o fiscalizador e juíz da política e dos políticos.
Em relação a Parauapebas, deve ter muito tempo que esta cidade não recebe sua ilustre visita. Após a emancipação, Parauapebas se agigantou, tanto que hoje é um dos municípios de maior arrecadação no Pará, superando até mesmo Marabá. Dê mais uma “olhada” – hoje temos o suporte da internet – em Rondon do Pará, Canaã… e pergunte a qualquer cidadão, se, houve ou não melhoria depois do desmembramento! Acredito, tenho convicção de que , o Estado do Carajás trará grandes consequências positivas para essa região, esse é o único mecanismo político-administrativo para esse “amontoado de terras”.
O sistema só mudará caso o povo se indigne, vá as ruas, se incomode, expulse os corruptos do Poder. Esse é o meu, o seu, e o papel de todos. saudações carajaenses!