Numa terça-feira, 8 de setembro de 2009, o blog publicava, ainda em seu antigo formato, nota sobre a possibilidade da Celpa ser reestatizada. Foi um deus nos acuda de gente ligada à empresa mandando emeios para desmentir a situação de insolvência da companhia, levantada pelo pôster, baseado em informações de fontes do governo federal.
Naquela data, publicamos o seguinte:
Quase apagando
A Franssinete diz que a “Celpa vem abusando da paciência do consumidor e as queixas se avolumam”, com registro, em todos os bairros de Belém, de “constante interrupção no fornecimento de energia, sem aviso prévio”.
O apaga-acende não é privilégio dos citadinos da capital. No interior, a empresa não apenas anda deixando a população às escuras como, quase sempre, demora a restabelecer os serviços e a recuperar as panes estabelecidas em transformadores velhos e sobrecarregados.
No frigir do picadinho, a verdade é que a Celpa está sem dinheiro. Tenta, há meses, fechar negociações de capitalização com a Eletrobrás, mas esbarra na divisão societária na qual ela quer ter 51%. A reestatização da empresa esteve por um fio.
Ultimamente, através de negociações comandadas pelo próprio governo federal, tenta-se uma engenharia de venda de cotas da Celpa para um outro grupo privado concorrente.
A condição, digamos assim, prefalimentar da companhia de energia, é apontada como a principal responsável pelo não cumprimento dos prazos estabelecidos pelo governo Lula para a implantação, em todo o Pará, do programa Energia Para Todos. Em Brasília, há setores indignados com o atraso do programa que é uma das meninas dos olhos do presidente da República.
(Originalmente, AQUI)
Somente em fevereiro de 2010, cinco meses depois, imprensa de modo geral e outros canais da blogosfera tocavam no assunto.
Pois bem, mais de dois anos depois, chega ao fim o jogo de encenação e os esforços da Celpa em esconder a situação de falência técnica consubstanciada agora com seu pedido de concordada.
Ou seja, os fatos comprovam sempre que o poster tem uma rede de fontes privilegiadas comprometidas em ajudar a construir este blog com a informação correta, preferencialmente, em primeira mão.
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Atualização às 17:36
Comentário postado pelo poeta, radialista e blogueiro, Jota Ninos:
– É por tudo isso, Hiroshi, que a sigla da CELPA sempre teve um segundo significado: Certeza de Escuridão nos Lares PAraenses…
Alberto Lima
2 de março de 2012 - 12:40Ora, Brendon !
O PLT Vai parar, é claro!
Não tem dinheiro meu amigo!!
..Não tem!!
Brendon
2 de março de 2012 - 10:06Sendo a Celpa a empresa responsável pelo PLT (Programa Luz para Todos)e agora a passar por toda essa turbulência – assim dito – Como ira ficar o andamento deste programa? Como as empresas terceirizadas irão ficar? O Luz para Todos vai continuar ou irá sofrer uma queda no desenvolvimento?
Alberto Lima
1 de março de 2012 - 18:13HIROSHI, Há se eu tivesse uma bola de cristal!!…hehehe!!
Olha essse meu comentário sobre o tópico abaixo:
“Celpa, um musgo a atormentar os paraenses”
http://www.hiroshibogea.com.br/?p=9871
Alberto Lima
agosto 19th, 2011 at 8:43
Olá Sr. Hiroshi,
A Celpa pelo que parece já anda mal das pernas há muito tempo.
Não faz investimentos, grandes investimentos, em seu sistema devido a falta de caixa!
Provavelmente ela está esperando a renovação das concessões que vence em 2015, e que será decidida pelo governo federal ainda esse ano, ou aguarde o leilão pela concessão (não acredito nisso).
Logo, ela não vai colocar dinheiro, sem a certeza de que ficará com a concessão do estado do Pará. A tendência do governo Federal é renová-la, mas com imposição de redução tarifária, o que, é lógico, não interessa as distribuidoras.
Talvez a empresa sofra federailização e retorne ao controle acionário da Eletrobras. Mesmo assim, não existe justificativa para o que está acontecendo,já que, com certeza, o crescimento da demanda de energia elétrica no estado é visivelmente observado tanto por medições e estudos feitos, quanto pela pior forma: A SOBRECARGA DE SEU SISTEMA e a DESCONTINUIDADE DO FORNECIMENTO.
Nesse descaso, não é só Marabá, é todo o estado do Pará que perde com esse empresa. Há quedas constantes em Belém, Santarém, Castanhal, e demorou um dia inteiro para, no início dessa semana ou fim da passada, não lembro bem agora, restabelecer o Black Out na ilha de Mosqueiro.
Arcon? Aneel? ..esqueça!
Esses órgãos só foram criadas para justificar a privatização do patrimônio púbico e pendurar político no cabide.. Pois na verdade, o grande problema das concessionárias era administrativo.
Já houve casos de presidente de concessionária de energia ser formado em psicologia!!
Jamáis daria certo assim!..rsrsr!
Luis Sergio Anders Cavalcante
1 de março de 2012 - 11:43Hiro, a bem da verdade, o Grupo Rede quer – novamente – aporte de dinheiro público (banco estatal), para “sanear” a Celpa. Não falam, porém, que desde 98, sistemática e metódicamente, algumas centenas de milhões de reais, oriundos de balanços anuais superavitarios (lucros) foram transferidos para outras empresas do grupo em outros estados, deixando de aplicar na Celpa, os lucros aquí auferidos. Relembremos que a “venda” da concessão foi realizada em 98, pelo então governador Almir Gabriel e Jatene (PSDB), à época, secretario especial de governo, com destacada atuação pró-venda da empresa. Tal acontecimento, foi precedido de um estudo criterioso, para uma avaliação por empresa do ramo, que chegou a números próximos de RS 800 milhões de reais. A negociata foi fechada em subfaturados RS 450 milhões de reais, dos quais, metade foi subsidiado. Como se percebe, foi “negocio de pai prá filho”. E, pelo visto, o “socorro financeiro” para a empresa privada(Celpa) virá, novamente, do dinheiro do contribuinte, continuando assim, a empresa, a ser, “um negocio da China”. Em 01.03.12, Marabá-PA.
Jota Ninos
29 de fevereiro de 2012 - 17:30É por tudo isso, Hiroshi, que a sigla da CELPA sempre teve um segundo significado: Certeza de Escuridão nos Lares PAraenses…