A Agência do BB de Parauapebas é uma máquina de enlouquecer clientes e bancários. Tão sem condições de trabalho que foi denunciada pelo Procon e interditada pelo Corpo de Bombeiros.

Quem viu de perto o pardieiro foi Heidiany Katrine, diretora do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá e que atua na subsede de Marabá.

Inspecionando a agência do município, Heidiany conatatou a área de autoatendimento sem ar condicionado, abafada por cerca de cem 100 pessoas se espremendo entre si. Do lado de fora do prédio, a fila dando volta na rua.

Num plano geral da agência do BB de Parauapebas: entram de 30 em 30 pessoas para um ambiente refrigerado. Os bancários, trabalhando sem parar e fora do horário, sem condições mínimas de trabalho. Tetos da agências mal cuidados, rachados, uma obra improvisada que atende pelo nome do banco.

Em Marabá, depois de um mês de sufoco, paralisação da agência e denúncia à sociedade, ontem foi consertada a porta eletrônica, além da entrega de novas centrais de ar refrigerado. Os bancários da agência, entretanto, têm varado a noite e trabalhado até próximo das 11 horas para atualizar o serviço.

Essa extrapolação da jornada está devidamente anotada pelo Sindicato dos Bancários pois, como assegura Heidiany, “Sindicato é pra sindicatear”.

A diretora do Sindicato diz que a entidade vai intensificar a fiscalização nos bancos da região e que já consta do planejamento da diretoria verificar as condições de trabalho, saúde e segurança dos bancários e o atendimento que os bancos têm prestado à população. Afinal, informa, “a prestação de serviço bancário é uma concessão pública e precisa respeitar os consumidores, clientes e usuários. E dar condições de trabalho aos bancários. Do jeito que estão as agências da Região Sul e Sudeste, é impossível exigir produtividade dos bancários”, finaliza Heidiany Katrine.