Está causando ondas de choque a consulta pública do grupo Bertin para a instalação de uma unidade industrial de couros em Marabá e reestruturação da atual planta frigorífica. De um lado, ONGs contrárias aos investimentos e, de outro, associações e sindicatos favoráveis. Amanha (2) a partir das 9 horas, no auditório do hotel Vale do Tocantins.
Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais assinaram documento indicando que os planos do Bertin para Marabá seriam responsáveis pelo despejo de pelo menos 56 milhões de toneladas de carbono na atmosfera como conseqüência do desmatamento e do metano emitido pela criação de gado.
Segundo a International Finance Corporation (IFC), braço financeiro do Banco Mundial, a categorização do Projeto Bertin implica a exigência de um EISA (Estudo de Impacto Social e Ambiental) completo para o abatedouro de Marabá, e para sua cadeia de fornecimento. Tendo em vista que este seria um investimento corporativo, o projeto envolve também uma avaliação completa de todas as outras operações da Bertin no Brasil.
O Frigorífico Bertin assinou o Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo no dia 16 de maio de 2007 se comprometendo a erradicar o trabalho escravo em suas cadeias produtivas. Isso significa, na prática, que ela deve cortar relações comerciais com os empregadores da “lista suja” e com os fornecedores que comprem delas.
A grana para investir em Marabá é da ordem de R$ 60 milhões.