O texto a seguir é assinado por Paulo Eduardo Leite, filho do casal Gilberto/Marilza Leite (foto) , sensibilizado com a dedicação de sua mãe nas horas mais difíceis do longo tratamento de câncer ao qual está submetido o pai, Gilberto,

 

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Costumam repetir que atrás de todo grande homem há sempre uma grande mulher.

Apesar de nunca ter duvidado deste ” ditado”, nunca havia visto na prática essa situação. Ou talvez nunca tivesse parado para observar como de fato isso muitas vezes acontece bem ao nosso lado, em nosso círculo de amizade, familiares e, muitas vezes dentro de nossa casa.

Diante de todos essas dificuldades que meu pai vem enfrentando nos últimos 18 meses ( e diga-se de passagem, enfrentando bravamente, de frente como sempre fez perante os desafios que a vida lhe apresentou), não pude deixar de notar a importância da minha mãe nessa batalha.

Meu pai, líder por aclamação muito mais do que por vontade própria de liderar, figura carismática e humana como poucos, recebe diariamente o conforto e a força para continuar, o estímulo de que ainda há muito por realizar pelo seu município, empresas e familiares.

Porém, nessa visita que fiz a ele em Londrina nesse último final de semana, uma coisa me chamou mais a atenção do que a sua excelente recuperação e bom humor, afinal, como diria minha mãe, “ele perde uma cirurgia mas não perde a piada”…

E o que me fez refletir foi a figura dela, da esposa, da mãe, da avó, da dona de casa, da amiga, da companheira. Ela que está sempre ao seu lado, seja nas peregrinações a médicos, cirurgias, exames laboratoriais, sessões de quimioterapia, viagens, curativos…

Ela que além de tudo citado acima agora é um pouco médica, um pouco enfermeira, mas acima de tudo uma companheira encorajadora, daquelas que não deixam a peteca cair, que estão sempre incentivando, pesquisando, discutindo, questionando… Ela que muitas vezes está recebendo as notícias e preparando-as para transmitir, seja para o meu pai, para os familiares ou para os amigos.

Entretanto, ao mesmo tempo em que muitos questionam quanto à saúde do meu pai, poucos se importam em perguntar como ela está…

Recentemente.  li uma frase compartilhada no Facebook que dizia mais ou menos o seguinte: “se choro não é porque estou sendo fraco, mas porque passei tempo demais sendo forte.”

Essa é a figura dela. 

Então, muito mais do que comemorar o sucesso da cirurgia e a excelente recuperação do meu pai, hoje eu quero dedicar esse texto a ela. Hoje eu quero homenageá-la “porque atrás de um grande homem, há sempre uma grande mulher”! E como há…

E digo isso não só pelo fato de ser minha mãe.  Por que poderia citar aqui outros grandes exemplos de grandes mulheres.

Numa época onde os casamentos, os valores  e os relacionamentos estão banalizados ao extremo, fica essa reflexão: será que vislumbramos essa figura em nossas companheiras ou aspirantes a companheiras?

Se a resposta for afirmativa, uma preocupação a menos.

Se a resposta for negativa, está na hora de começarmos a reavaliar o que esperamos de um relacionamento.

Não poderia deixar passar em branco o contrário, o exemplo às avessas dos meus tios Beto e Mary, provando que é possível continuar amando e admirando ao longo de uma vida em conjunto.

 

 

 

  Texto de Paulo Eduardo Leite , publicitário, executivo do Grupo Goiás, é filho de Gilberto e Marilza Leite.