Um protesto contra os assassinatos dos líderes extrativistas José Cláudio e Maria do Espírito Santo unificou ação dos movimentos sociais, em Marabá, provocando o bloqueio da Ferrovia Carajás bem na extremidade da ponte sobre o rio Tocantins.
Interdição da ferrovia da mineradora Vale S.A é patrociada pela Fetraf, Fetagri e MST, como forma de exigir a rápida apuração dos dois crimes e sinalizar para o governo de que a tensão na zona rural está lançada.
A interdição da ferrovia ocorreu às 4h30.
Antes do fechamento da Estrada de Ferro Carajás, exatamemte às 3:15 da madrugada desta quinta-feira, o poster foi acordado pelo Coordenador Regional da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), Chico da Cib, através de uma ligação telefônica, que anunciava o início da caminhada dos manifestantes com destino a ponte rodoferroviária sobre o Tocantins.
O fechamento da EFC se prolongará até às 8:30 horas. Posteriormente, os manifestantes se dirigirão até o cemitério da Saudade, no bairro Nova Marabá, para prestarem homenagens ao casal assassinado, horário dos sepultamentos.
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Atualização às 9 horas
Os corpos de José Cláudio e Maria do Espírito Santo estãos sendo trasladados, neste momento, para o cemitário da Saudade, onde serão sepultados.
Féretros são seguidos por dezenas de carros, pessoas em bicicletas e motos, algumas a pés – passando agora sobre a ponte rodoferroviária, saindo do bairro São Félix sentido sede do município, do outro lado do Tocantins.
Os manifestantes do MST, Fetraf e Fetagri que estavam desde às 4:30 horas bloqueando a ferrovia, passaram a seguir o cortejo.
A ponte rodoferroviária, dentro de mais alguns minutos estará liberada.
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Atualização às 9:50
Vídeo gravado em máquina fotográfica mostra lances da interdição da ponte rodoferroviária.
Em primeiro plano, Chico da Cib, coordenador da Fetraf, falando rapidamente sobre as razões do fechamento da via.
Vê-se ainda manifestantes no local do bloqueio, e uma locomotiva da Vale arrastando, em sentido contrário, 320 vagões do trem que se encontrava parado sobre a ferrovia, temendo algum tipo de ameaça de depredação – que não ocorreu em nenhum momento.
O tráfego congestionado de veículo numa das extremidades da ponte.
guerrilheiro
27 de maio de 2011 - 23:08Deus meu, isso mim deixa envergonhado cada vez mais, olhando o comentario do “indignado”, como uma pessoa tem a desumanidade de pensar dessa forma, com certeza ele não tem coração ou deve fazer parte desses assassinos, está preocupado com a questão de parar um simples trem, nem se quer se comove que foi um ser humano assassinado, uma pessoa que vivia defendendo a natureza, em prol da vida, isso é repugnante, indgnado, que nada você não deve ter no seu vocabulario a palavra compaixão, mas Deus te perdoara por que não sabes o que fala..
Natanael Oliveira
26 de maio de 2011 - 10:14Parabéns pela cobertura. É um ato que o mundo acompanha. As mídias sociais indo além. É isso aí Hiroshi! Tenha fé na vida. A história que escreves é fato triste para o estado do Pará. Mas tem que ser mostrada, para que fatos lamentáveis como esses se diversifiquem neste gigantesco Pará, neste País chamado Brasil. Vá em frente. Mostre a realidade. Os fatos são inquestionáveis. 10 para o Blog.
Anônimo das 11:50, favor refazer o texto de seu comentário. O blog não aprova conteúdos escritos todo em letra maiúscula.
Edivaldo Viana
26 de maio de 2011 - 10:00Ao Indignado:
Vossa Senhoria realmente não sabe o que é a dor da impunidade, talvez nem saiba o que é o sentimento de perder um membro de sua família pelo crime organizado neste País, aliás, vossa senhoria deve estar descontextualizado e desconectado do mundo real, pois, protesto como este ocorrem no mundo inteiro.
Vossa senhoria deve ser daquelas pessoas que a insensibilidade é latente, e a irresponsabilidade de querer mais uma vez, pois, muitos outros já o fizeram de uma forma, mais reacionária e mais sectária que vossa senhoria, criminalizar os movimentos sociais por protestar por um motivo justo, que é o direito de descobrir e responsabilizar os bandos gananciosos e irresponsáveis que tiram a vida de pessoas que lutam pela manutenção da vida no planeta.
Nos movimentos sociais organizados, há sim meu senhor a compreensão de que o direito de ir e vir deve ser respeitado, que a rotina de uma grande cidade deve continuar, mas há de se garantir o direito da população de saber o que diariamente os grupos e bandos que se reúnem na calada da noite, movidos a whisky 12 anos e outros mecanismos entorpecedores, pensam a respeito de gente simples e comum que labutam todos os dias em busca da sobrevivência com dignidade e respeito aos seus semelhantes.
Indignado
26 de maio de 2011 - 08:47Brincadeira esse protesto interditando uma rodovia federal nos dois sentidos. Só em Marabá mesmo, ainda mais com incentivo de politicos como Bernadete que não fizeram em prol de nossa região. Os processos na Justiça Federal e na Justiça Eleitoral que o digam.
Uma vergonha, afinal esse movimentos mandam e desmandam. Agora vai um pai de familia protestar e interditar uma rodovia para ver o que acontece.
É uma irresponsabilidade sem tamanho interditar uma rodovia nos dois sentidos, pois existem casos e casos que precisam utilizar a ponte a rodovia.
Deus queira que ninguém precise de uma ambulância do SAMU nos bairros São feliz, Morada Nova e etc…
Aproveita e pede para quem está posando nas fotos a garantirem o pão de cada dia de quem precisa se deslocadar atraés da ponte interditada.
Um absurdo!!!!!!!
“Indignado”, respeito sua indignação – mais ainda o direito de manifestá-la. Há um senão, todavia: a deputada Bernadete não tem nada a ver com o fechamento da ponte, plenejado e executado pelos movimentos sociais, conforme conta o post.