A Constituição reconhece a pluralidade étnica e cultural do país, assegurando aos índios o direito à alteridade, ou seja, direito de serem diferentes e tratados como tais direito. Só que emerge ultrapassada e incorreta qualquer interpretação que trate os índios como inimputáveis ou semi-imputáveis em virtude da diferença étnica.
Já foi dito por gente que entende do traçado que os índios brasileiros estão em diferentes estágios em relação ao conhecimento dos hábitos da sociedade nacional, existindo índios com cursos universitários e índios que sequer falam o português. Como existem índios que estão no meio do caminho. Ou seja, situações diferenciadas e que merecem ser consideradas distintamente. O índio é mentalmente normal, o que ele tem é cultura diferente, e por vezes não entende o significado de determinada regra, como um estrangeiro pode também não entender.
Só que os queridos Gaviões são mais espertos do que imagina nossa vã filosofia tupininquim. Essa verdade é tão cristalizada que a aldeia Parkatêjê já foi considerada um das mais ricas do país durante longo período em que suas lideranças sabiam distinguir entre uma fatura e nota promissória, o que os faziam aplicar severa linha fiscal em suas contas. Nos últimos anos, esse quadro se alterou com o surgimento de estado de insolvência.