Estudioso em revisão territorial, Roberto C. Limeira de Castro faz as seguintes considerações ao post Estória de Trancoso em comento:

Essa estrada somente sairá um dia quando já estiverem funcionando os Estados de Carajás, Tapajós e do Araguaia, os quais, juntar-se-ão com o Amazonas, o Mato Grosso e Rondônia, Estados interessados já existentes e farão uma vaquinha para construir uma estrada estadual.
Se os governantes da região norte tivessem um pingo de vergonha na cara não ficariam esperando pelo governo federal, subserviente aos interesses do sul-sudeste para construir as rodovias Cuiabá-Santarém e Transamazônica.Existem financiamentos internacionais para essa finalidade e o retorno dos investimentos é vinte vezes maior.Pergunta se os Estados do Sul e sudeste ficam esperando pela União para construir as suas estradas.
Os Estados da região norte têm um PIB conjunto de R$100 bilhões que geram R$35 bilhões de impostos, dos quais, R$ 15 bilhões somente aos governos estaduais.Por que não podem gastar apenas R$ 1 bilhão para construir uma estrada, que trará 100 bilhões de retorno em produção agrícola e exportação?Pura incompetência.Não constroem as estradas e aumentam esse PIB para um trilhão por que não querem ou não sabem.
São Paulo, que tem um PIB de R$ 506 bilhões em apenas 248.000 Km² já descobriu isso desde a década de trinta, e desde aquela época constrói as suas próprias estradas, todas com mão dupla e do primeiro mundo.Atualmente, movimentam bilhões somente com pedágios e mantêm as estradas em perfeitas conservações. Isso é ciência econômica.
Agora pense quantos R$ bilhões a região norte poderia produzir com uma área de 4.000.000 Km²? Enquanto ficarmos apenas reclamando e esperando que as esmolas caiam do céu, seremos eternos pobres.Nos dias de hoje é preciso ter competência para vencer os obstáculos.Se não podem fazer uma vaquinha de dinheiro porque gastam com supérfluos e basbaquices, façam uma vaquinha de asfalto. Cada cidade que vai se beneficiar e ficar rica com as estradas colabora com um número x de quilômetros de asfalto e em pouco tempo, as estradas estarão funcionando e trazendo retorno de bilhões para as próprias cidades.
Pense quantos bilhões de dólares Santarém movimentaria com exportação de soja e madeira que vem do Mato Grosso e com o movimento de milhares de caminhões e caminhoneiros se abastacendo, comendo e dormindo na cidade?Somente esse movimento de caminhões e de exportação de soja dá para asfaltar um Cuiabá-Santarem por ano.