“Nós não ficamos satisfeitos com as informações, absolutamente insuficientes e, portanto, estamos encaminhando um questionário para a empresa e marcamos uma outra reunião para o dia 5 de março”

(Socorro Gomes, secretária de Justiça, comentando resultado das conversações com executivos da Amazônia Celular tratando da desativação do serviço de call center da empresa que funcionava em Belém.)

Com todo respeito, secretária, apelando à sensibilidade feminina que a senhora sempre demonstrou ao longo de sua vida pública, cacete nessa empresa! Preferencialmente, usando cipó de arueira. Não há tempo a perder, porque esses bacuraus querem levar autoridades e a população com a barriga, indiferente ao chute já dado, grosseiramente, na canela dos usuários.

O procurador geral do Estado, Ibrahim Rocha, garante que a empresa pode ser alcançada por uma ação civil pública caso os direitos do consumidor sejam violados. Então, para não perder tempo, acione-se a AC, porque os direitos de cada usuário já foram lesados.

A casa da mãe Joana é aqui mesmo. Desativaram os serviços locais de atendimento sem nenhum aviso prévio à população e ainda tentam justificar o injustificável garantindo vir pela frente, conseqüência da mal-criada decisão, melhoria na qualidade de atendimento. Como, verdugos, deixando o consumidor com ouvidos colocados em um aparelho, esperando o descongestionamento de linhas, naturalmente bloqueadas pelo excesso de ligações concentradas em apenas um núcleo de telemarketing?

Ou se joga pesado, passando o trator por cima dos interesses maiores dessa malfadada “redução de custos” da empresa mineira, ou seremos mais uma vez desmoralizados pelos fatos. E pela deselegante atitude de grupos econômicos a nos olhar sempre com olhar de caçadores, como se fossemos mesmo jacarés no meio das ruas da Amazônia.