Marabá e Parauapebas havia muito tempo estavam estimulando investimentos da dupla Marcelo Gabriel/Chico Ferreira, principamente nas áreas de serviços e transportes. Pela estrutura natural de suas economias, os dois municípios passaram a seduzir apaixonadamente a dupla do barulho, tanto é verdade que Ferreira fazia o trajeto Belém-Marabá-Peba com tanta desenvoltura que passou a ser pessoa conhecida até do Zé da Esquina.
Muita gente anda questionando se a presença a Paruapabeas do treinador Wanderley Luxemburgo, dia 13, véspera do estouro da operação Rêmora, visava apenas propagar a instalação no município da Fundação Luxemburgo ou se por trás da movimentação, certamente idealizada por Chico Ferreira, nao pousaria interesses outros totalmente distanciados das preocupações sociais do ex-treinador da seleção e que foram tornadas públicas em longa entrevista dele na cidade.A biografia de Luxemburgo contribui para que pessoas esclarecidas passassem a contraditar os fatos.
Não faz muito tempo o treinador foi denunciado de sonegação de quase R$ 1,3 milhão de Imposto de Renda e acusado, por uma ex-namorada, de que fez do futebol seu balcão de negócios, ganhando dinheiro com a valorização do passe e venda de jogadores sob seu comando.
Pesaram também o desvendamento de sociedades dele com terceiros , inclusive dirigentes de clubes, destinadas a manter relações de parceria com os principais agentes de jogadores do país, muitos deles estrelas da seleção brasileira, comandada pelo então técnico.
Certamente inspirado no ídolo e sócio, aqui no Pará, Chico Ferreira imprimiu o mesmo ritmo, ao envolver-se com o agenciamento de jogadores. Nada contra essa atividade, apenas citado o fato para vincular os acontecimentos da semana e seus desdobramentos.