Às 21:55 de domingo, no inbox do  Face, de repente, apareceu  uma mensagem,  aflita e desesperadora,  de uma amiga, que se encontrava,  naquele momento,  no Hospital Municipal de Marabá, sem saber a quem apelar para seu sobrinho receber atendimento médico.

No setor de emergência, não havia  médico de plantão.

Não apenas Silvana Marques, autora da mensagem, mas dezenas de pessoas, segurando crianças, idosos abandonados, todos esperando o milagre de serem atendidos.

Como sempre, os médicos escalados para cumprir plantão, não estavam no trabalho.

Leiam a mensagem de Silvana, que tentava, através do poster, encontrar uma apoio, ou um intervenção que a ajudasse, naquele momento difícil:

 

 

Silvana Marques

21:52

Caro hiroshi estou no hmm com meu sobrinho de 1 ano a horas esperando um medico chegar para atender e na minha situaçao tem inumeras maes com seus bebes assim como idosis e outras pessoas. Nos ajude como puder nao pode uma emergencia a essa hora nao ter medico

 

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Nota do blog: essa bagunça que é o Hospital Municipal de Marabá, só tem uma solução: mudar radicalmente tudo o que existe lá dentro.

Os vícios antigos, alicerçados pelo corporativismo  da classe, estão sempre trabalhando a favor da bagunça.

Quanto mais bagunça, menos obrigação eles terão em atender a comunidade com dignidade.

Este poster defende um novo modelo de gestão para o HMM.

A terceirização do hospital pode não ser a solução de todos os problemas, mas servirá para dar um choque nesse estado de anarquia no qual transformaram a unidade de saúde, há vários anos.

Resolver o problema da saúde pública em Marabá – e no país! -,  é tarefa árdua, sobretudo porque o resultado ruim da prestação desse serviço resulta de um somatório de causas.  Há problemas com compra de insumos, desídia de alguns péssimos profissionais de saúde, complacência dos órgãos de fiscalização profissional, desvio de recursos, má gestão etc.

Mas encontrar uma solução que resolva ou ao menos minore esse problema,  é uma meta a ser seguida pela atual gestão municipal, procurando encontrar um modelo que se adapte às suas respectivas necessidades.

O corporativismo começou a gritar contra a decisão do prefeito de terceirizar o HM, acusando o governo de intenções privatistas.

Os sindicalistas, e servidores viciados,  propagam que a prefeitura vai vender o hospital, ao usarem a expressão privatização.

Privatizar  seria transformar o hospital público em uma unidade privada que revende serviços e não é esse o caso.

Privatizar seria  a apropriação privada por parte de profissionais para seu beneficio próprio.

Nenhuma dessas situações é o que está se propondo para o Hospital Municipal e o Materno Infantil.

A tática de confundir a opinião pública, desejosos de que o atual modelo se perpetue, atendendo seus interesses pessoais.

A terceirização é a solução de todos os males?

Não! Não é a solução, mas pelo menos (disso os fatos comprovam Brasil afora, onde o modelo de OSS vem funcionando a contento em muitos municípios), haverá atendimento melhor do que existe hoje.

Optar pela contratação de uma OSS (Organização Social de Saúde) para equipar e gerenciar o primeiro serviço público hospitalar da cidade, é o freio de arrumação necessário.

Não pode é ficar como está.

A situação vivida à noite de ontem por dezenas de pessoas,conforme relatou uma desesperada Silvana,  abandonadas na área de emergência do HMM, exige tomada de posição imediata do prefeito João Salame.

Esse problema não pode mais se prolongar sem que haja o anúncio de medidas práticas para acabar com a avacalhação daquele lugar, destinado a atender a saúde púbica.

Exige-se, imediatamente, a contratação de  proposta de uma organização social para fazer a gestão da unidade, do funcionamento e de todo processo do dia a dia do hospital.

Está demorando muito a se resolver essa peleja.