Jornal O Liberal, em sua edição de domingo, na coluna Tutti Qui, faz esforço sobrenatural para impingir a sensação de que as investigações em torno das denúncias feitas pelo ex-prefeito de Marituba, Antonio Armando, em conversa gravada com o prefeito João Salame, sobre a suposta existência de venda de votos dos juízes do Tribunal Regional Eleitoral -, concluirão pela improcedência do escândalo.
A nota induz o leitor a supor que a escandalosa narrativa de Armando, na gravação, foi ato irresponsável, e que tanto ele quanto o prefeito de Marabá, é que seriam os únicos culpados por um cenário de aniquilamento moral dos juízes paraenses.
O redator da nota ainda se dá ao luxo de espraiar ameças, ao dizer que, agora, “os juízes (do TRE) vão começar a entrar na justiça com uma interpelação judicial”.
Esforço mal disfarçado para forçar uma barra, é o que se presta a nota do jornal.
Ainda segundo Tutti Qui, “a juíza Ezilda Pastana (foto) será a primeira a recorrer ao judiciário”.
No embalo, o blog sugere à digníssima zeladora da lei esclarecer, também, em sua interpelação judicial, a razão da presença do marido dela (ou o moço é apenas namorado?) no apartamento de João Salame – conforme está evidenciado em vídeo do sistema de segurança do prédio, entregue ao Conselho Nacional de Justiça.
Domício Jorge Brasil Soares
30 de dezembro de 2013 - 17:20Amigo Hiroshi, não entro no mérito do embate João Salame(PROS) versus TRE/PA(Juíza Ezilda e outros), somente pego um gancho no assunto para ir mais adiante, ou seja, a questão sempre presente do financiamento ou não de campanhas eleitorais. Penso que uma reforma política que tenha em seu bojo algum consideravel avanço, em nosso país, obrigatoriamente deverá/ terá que passar e comtemplar candidaturas avulsas e votos distritais. Mais de 90% dos países, em todo o mundo, assim procedem, respeitando citados quesitos, sem a obrigatoriedade de filiação partidária. Enquanto no Brasil retrocederemos, sempre que concedermos mais poder ao monopólio dos partidos políticos. Em meu modesto pensar, “os mandatos” só deveriam ser dos partidos se a maioria dos votos contabilizados fosse para as legendas, o que não acontece. O sistema atual é obsoleto além de viciado. A grande parcela dos eleitores – diria eu, a maioria – vota em pessoas(parente/amigo etc…) – não em partidos, principalmente porquê todos sabemos, que algumas legendas não passam de “meros partidos de aluguel” e que “seus donos” são ilustres desconhecidos. Se o STF vier a declarar a inconstitucionalidade de financiamentos feitos por empresários, vai piorar, em muito, o quesito “corrupção”. A proibição só daria certo se fosse acompanhada por uma profunda reforma política e efetiva e constante fiscalização, o que também, percentualmente, pouco ou quase nada acontece. No atual sistema somente os grandes partidos se beneficiam. Passando um pouco ao largo de questões jurídicas inerentes ao assunto, seria muito importante, impedir, que os dois(2)poderes – o econômico e o político – se juntem, para evitar que tomem conta, literalmente, das eleições em níveis, municipal, estadual e federal. É ingenuidade pensar que pessoas ou entidades, gastem milhões para eleger Vereadores, Prefeitos, Governadores, Deputados(Estaduais/Federais) e Senadores, sem esperar de volta, e multiplicado, o capital investido, mediante licitações manipuladas, obras superfaturadas, ocupação de cargos públicos por QI(Quem Indica). A atividade política entra em conluio com o poder econômico para que sejam eleitos sempre os mais ricos, realimentando assim, os conhecidos “currais eleitorais”. Para sair do círculo vicioso, seria necessário reduzir a campanha eleitoral ao mínimo : O candidato deveria publicar apenas e tão somente, seu currículo, proposta e a declaração do Imposto de Renda antes e ao fim dos seu mandato, para que fosse possível a verificação de enriquecimento ilícito ou não. Seria utopia ? Em 30.12.13, Marabá-PA.
Luis Sergio Anders Cavalcante
23 de dezembro de 2013 - 14:25Hiro, os poderes Legislativo, Executivo e Judiciario, com raríssimas exceções, estão acabados no Brasil, enterrados pelo seu proprio cinismo e conivência. A grande e esmagadora maioria irmanados na defesa do ilegal, dos proprios interesses. Votar, tornou-se mera teatrilização para – infelizmente – mantermos tudo como sempre esteve. Não há partidos e sim, quadrilhas organizadas, com o mesmo objetivo, o de se dar bem com o dinheiro público. Em 23.12.13, Marabá-PA.