Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) libera Nota Oficial a respeito do conflito quase deflagrado nos limites dos municípios de Curionópolis e Parauapebas, em frente a Fazenda Samambaia, na Pa-275, entre o MST e fazendeiros:

Governo evita conflito no sudeste do Pará
O Governo do Estado agiu rápido para evitar um conflito armado entre trabalhadores sem terra e fazendeiros, que estavam em pé de guerra às proximidades da fazenda Samambaia, entre os municípios de Curionópolis e Parauapebas, no sudeste do Pará, na noite de sexta-feira (6). A governadora Ana Júlia Carepa determinou o enviou de tropas da PM de Marabá, Redenção e Parauapebas, que chegou a tempo de evitar o choque entre os contendores. São 180 homens no total, envolvidos para evitar o conflito.

A governo estadual mobilizou diversos organismo do governo federal como Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que enviou um representante do Incra, o comando Regional da Aeronáutica e assessores e técnicos da Casa Civil, Delegacia de Conflitos Agrários, prefeitos da região, além de representantes de entidades da sociedade civil, como a OAB, que deslocou um membro da entidade, que mora em Marabá.

A comissão de negociação de conflito já se encontra no local do conflito, bem como um Batalhão de Choque da Polícia Militar, que foi deslocado de Belém em avião da FAB, na madrugada de hoje (07). A orientação da governadora é que os dois lados do conflito sejam desarmados e a Policia Militar deve permanecer na área por tempo indeterminado.

Além da disputa pelo uso da terra, existe um componente que o setor de Inteligência do estado está avaliando, que é o período eleitoral. A governadora Ana Júlia Carepa declarou que o governo tem sido firme na sua política pública de garantir a paz no campo.

Além de medidas repressivas, o governo estadual também assegura um conjunto de instrumentos legais, como regularização fundiária, implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), fixação do Valor da Terra Nua (VTN), cumprimento de ações de reintegração de posse e benefícios para as famílias de assentados pelo programa de reforma agrária, como por exemplo, a implantação de uma escola com laboratório de informática no Assentamento 17 de Abril, em Eldorado dos Carajás.

A governadora montou uma sala de crise na noite de sexta-feira, no Centro Integrado de Governo e durante todo o dia de hoje (7) a equipe permaneceu no comando geral da Polícia Militar monitorando o trabalho da equipe que se deslocou para a área do conflito. O secretário de Segurança, Geraldo Araújo, disse que todo o esforço do governo é para garantir direitos e a paz no campo.

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Nota do blog: poster encontra-se, neste momento, em Curionópolis, deslocando-se a Fazenda Samambaia, para acompanhar a movimentação de sem-terras e fazendeiros. Qualquer fato novo, informaremos aos leitores do blog.

atualização às 17:44

Poster abandonou o front do quase-confronto, em frente a Fazenda Marambaia, retornando a Curionópolis, para soltar algumas informações:

1- O clima já esteve mais tenso, no início da tarde, agora se vive a expectativa do resultado da reunião que ocorre no gabinete do prefeito Darci Lermen, em Parauapebas, entre representantes dos fazendeiros, sem-terras, Incra, governo do Estado, e os prefeitos Darci e Wenderson Chamon, de Curionópolis;

2-  Alarme da ameaça de invasão de algumas fazendas ocorreu na sexta-feira. Imediatamente, fazendeiros de mobilizaram e, em número de oitenta, seguiram em direção a Parauapebas, saindo de Curionópolis, pela Pa-275, com intenção de bloquear a passagem cerca de dez ônibus transportando sem-terras supostamente programados para invadir diversas propriedades do entorno;

3- Houve o encontro dos antagônicos, com o fechamento da rodovia pelos fazendeiros e reações agressivas de quebradeira de alguns ônibus. Houve corre-corre e a formação de “barricadas” em pontos opostos da estrada.

4- Um dos principais mobilizadores dos sem-terra é Charles Trocate, coordenador regional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que se encontrava foragido com prisão decretada, suspensa, posteriormente pelo Tribunald e Justiça do Estado;

5- Do lado dos fazendeiros,  o comandante-em-chefe é o pecuarista  Jota Capota, que assumiu as rédeas do movimento de reação. Foi ele quem agiu com rapidez, convocando demais proprietários, para o meio da rodovia.

6- À noite, cada grupo posicionado como senpreparando para o confronto armado, ensariaram escaramuças variadas, com ameaças explícitas de ataque. A coordenação dos sem-terras, imediatamente, trataram de pedir reforço em alguns acampamentos próximos. Enquanto isso, os dois lados começaram a ingerir bebidas alcoólicas.

Do lado dos sem-terra, hoje pela manhã deu para flagrar garrafas de cachaça espalhadas  no local onde se encontram.

Os fazendeiros honraram os crifrões que possuem consumindo uisque, como que se dopando para a guerra final.

7- O governo do Estado enviou, ainda na madrugada, uma comissão de mediação   para tentar negociação. O confronto só não ocorreu, por todo o dia de hoje, pela pronta intervenção da PM, cujo oficial escalado para conversar conseguiu acalmar as partes em conflito.
8- Durante todo o dia de hoje, num carro de som postado à beira da estrada, a coordenação do MST tem deixado claro que a intenção não era invadir as fazendas, mas posicionar-se ao largo da Curva do S, em Eldorado dos Carajás, exigindo o atendimento de reivindicações que o Incra posterga há meses.

9- As negociações em busca de um acordo, dentro da prefeitura de Parauapebas, prosseguem. O MST promete seguir até a Curva do S, marchando pela estrada, a fim de cumprir sua agenda de presssão.

Poster retorna agora à  área conflitada pra saber se ja foi acordado algum termo.

Antes, publica, a seguir, mais uma  nota liberada pela SECOM sobre a questão.

O Governo Ana Júlia (PT) agiu rápido e conseguiu evitar um conflito agrário no interior do Estado. No início da tarde foi fechado um acordo entre uma comissão de mediação de conflito e o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Depois de intensas negociações, o MST se comprometeu a deixar a rodovia PA-257, que liga Eldorado do Carajás e Parauapebas, e não invadir a fazenda Marambaia. A Polícia Militar vai escoltar a marcha dos manifestantes, mas também protegerá a propriedade. A comissão de mediação de conflitos é composta pelo Governo do Estado, representantes do Incra, das prefeituras da região e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

O governo está mobilizado desde a noite de sexta-feira (6), para evitar risco iminente de conflito entre trabalhadores sem terra e fazendeiros às proximidades da fazenda Marambaia, que fica entre os municípios de Curionópolis e Parauapebas, às margens da rodovia PA-275, no sudeste do Pará.

Mais de 800 pessoas se envolveram na disputa pela posse e uso da terra. A governadora Ana Júlia Carepa (PT) determinou ontem mesmo o envio de tropas da PM de Marabá, Redenção, Xinguara e Parauapebas, que chegou a tempo de evitar o choque entre os contendores. Inicialmente são 180 policiais envolvidos para evitar o conflito.

A governo estadual mobilizou diversos organismos do governo federal, como Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que enviou um representante do Incra, o comando Regional da Aeronáutica, assessores e técnicos da Casa Civil, Delegacia de Conflitos Agrários, prefeitos da região, além de representantes de entidades da sociedade civil, como a OAB, que escalou um representante da entidade, que mora em Marabá.

A comissão de mediação de conflitose mobilizou para o local, bem como a tropa especializada da Polícia Militar, que foi deslocada de Belém em avião da FAB, na madrugada de hoje (07). A ordem da governadora é que os dois lados do conflito sejam investigados e, se fosse o caso, desarmados. A Policia Militar deve permanecer na área por tempo indeterminado.

Além da disputa pelo uso da terra, existe um componente que o setor de Inteligência do estado está avaliando, que é o período eleitoral. A governadora Ana Júlia declarou que o governo tem sido firme nas suas ações de garantir a paz no campo e não vai permitir nenhum tipo de tumulto na ordem pública.

Além de medidas preventivas e repressivas, o governo estadual também assegura um conjunto de instrumentos legais, como regularização fundiária, implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), fixação do Valor da Terra Nua (VTN) e cumprimento de ações de reintegração de posse de propriedades.

A fazenda Marambaia está em processo de vistoria pelo Incra para avaliar se existe ou não possibilidade de desapropriação para fins de reforma agrária. Desde a noite da última sexta-feira está instalado, em caráter permanente, um gabinete de crise, que monitora a situação do conflito.