O resultado o Processo de Eleições Diretas (PED), do Partido dos Trabalhadores,  está esquentando a disputa para a presidência do partido em Belém.

Blogueiro ouviu de delegados que votarão na escolha do mandatário da legenda na capital do Estado suspeitas da existência de fortes indícios de que teriam ocorridos procedimentos indevidos, por parte das chapas concorrentes, no sentido de prejudicar a chapa de delegados ao congresso, liderada por Karol Cavalcante, primeira mulher a disputar a presidência do Partido no estado.

Sob anonimato, um dos delegados explica que a candidatura de Karol Cavalcante “se apresentou, durante toda a campanha eleitoral, de forma propositiva e crítica à postura de “caciques” históricos do Partido, e isso fez a diferença neste PED”.

Dia 22 de setembro será realizado o segundo turno para a presidência do PT Belém.

Na disputa,   de um lado, Paulo Gaya, DS, agora com o apoio da CNP, liderada pelo ex-deputado federal Zé Geraldo, e UL,  liderada pelo senador Paulo Rocha, e de outro, Bira Rodrigues, com o apoio da AS liderada pelo deputado federal Beto Faro.

O clima dessa disputa está acirradíssimo.

Tudo isso pavimentando o caminho rumo ao congresso estadual onde será conhecida a nova presidência do Partido.

Em sua rede social, Karol Cavalcante agradece  aos petistas que se disponibilizaram a ouvi-la, durante a disputa.

Em um dos trechos do post na rede social, Cavalcante escreve:

“Enfrentamos uma eleição duríssima. Enfrentei a máquina partidária, a velha burocracia, 1 senador, 2 deputados federais e 03 estaduais. Enfrentei o machismo, a baixaria e as fake news. Nossa candidatura foi a única que apresentou propostas concretas ao PT.

Fui a mais votada em Bagre, Castanhal, Muaná, Maracanã, Novo Repartimento e Xinguara. Recebi votos em 71 municípios. Obtive uma votação surpreendente em Belém o que nos possibilitou alcançar 10% dos votos e eleger 30 delegados ao congresso. Também em Belém, vencemos nos distritos DAICO e DABEL e estamos no segundo turno com o companheiro Paulo Gaya e no distrito DASAC.

Nossa votação é  a expressão da crítica ao imobilismo, ao autoritarismo parlamentar, ao distanciamento do PT dos municípios e a política de alianças defendida pela maioria.

Nosso propósito vai além de uma disputa para presidência, queremos reacender o petismo que pulsa em nossa militância e engaja-la na luta contra o governo de Bolsonaro.

Nenhuma chapa conseguiu maioria absoluta e nós vamos agora disputar o congresso e seguir apresentando um programa alternativo para o partido.

Em 40 anos é a primeira vez que uma mulher disputa a presidência do PT do Pará, deixamos o nosso recado: Chegamos pra ficar. É daqui pra frente!”